A canção foi escrita pouco tempo depois de passar uma semana numa viagem de barco que, claramente, não correu lá muito bem…
Não estou enjoado,
deves estar enganado.
Dá-me cá o comprimido
e não me grites ao ouvido.
Vai ver se há peixes a passar
e vê lá se não cais ao mar;
que eu não sei onde está a bóia
e ainda me acusam de tramóia…
Será que isto nunca mais acaba?
Será que ninguém me vai valer?
Só vejo a linha do horizonte,
lentamente a subir e a descer
Vamos, puxa esse cabo!
Ainda há um certo alento
e eu não estou resignado,
há que aproveitar o vento.
Mas se batermos nas rochas
não te agarres às minhas costas,
pois se ficarmos a meio
eu prefiro sozinho que cheio desta merda toda…
Será que isto nunca mais acaba?
Será que ninguém me vai valer?
Só vejo a linha do horizonte,
lentamente a subir e a descer