[Diário de Bordo] E Aqui Vamos Para Mais Um Ano – O Quarto de Sua Excelência

Fotografia que tirei num dos vôos do último ano e meio

Toda a gente sabe que existem umas relações mais complicadas que outras. Dizem que a grande crise chega aos sete anos, mas esta é uma relação condenada a acabar no máximo aos cinco anos e três meses. É esse o prazo que temos no Técnico para completar um doutoramento. E não me venham com coisas que um doutoramento não equivale a uma relação porque, digo-vos, já vi relações bem mais simples! Começo esta semana, oficialmente, o meu quarto ano. Dá para rir. Dá para rir porque existem alturas em que me sinto tal e qual como no primeiro ano: insegura, sem ter a certeza para onde avançar, mas também completamente fascinada pelas hipóteses e pelo potencial que uma aventura destas tem. Não tem sido um percurso fácil, mas quem é que se pode gabar de tal? Quando as coisas valem mesmo a pena, nem sempre são fáceis de serem conquistadas. Aos desafios adicionais de fazer um doutoramento, dando sempre aulas em pelo menos um dos semestre de cada ano na faculdade, juntaram-se outros tantos desafios. Alguns imensamente bons, como juntar-me à família Omnichord e manter este blogue activo e respeitado, outras não tão boas, como ter ficado doente com umas quantas idas às urgências ou então os três lutos que tive de fazer em tão pouco tempo. Um dos meus melhores amigo não vai estar cá quando eu terminar o doutoramento, apesar de ter lá estado quando comecei, e não são poucas as vezes em que me pergunto o é que ele diria nesta ou naquela situação, já que ele tinha sempre algo que de alguma maneira acabava por me tranquilizar. Ou seja, não estou a fazer este post para me queixar ou sequer com um sentido triste, mas antes como uma espécie de “olhar para trás” e pensar em como é que os últimos três anos aconteceu tanta coisa. No último ano e meio apresentei trabalhos meus em cinco países diferentes, só este ano já publiquei dois artigos e tenho outro aceite, em fase de correcções finais, numa revista, e vivi um mês no Japão. Confesso, dou por mim surpreendida por o blogue ainda estar activo. Dou muitas vezes por mim surpreendida com muitas pequenas coisas, o que me faz apreciar cada passo no caminho. Cada conquista é uma pequena relíquia, mesmo quando por vezes a ansiedade e/ou o desespero decidam assaltar o espírito. Talvez possam compreender um pouco do que digo, mas não me vou alargar muito mais. Dito isto, é só mais uma maraquice minha, tentar registar um novo respirar fundo, estabelecer mais novas metas para o próximo ano e fazer tudo o que estiver ao meu alcance para continuar a crescer enquanto pessoa, cientista, professora, amiga, o que for. Tenho conhecido pessoas extraordinárias pelo caminho e elas sabem o quanto lhes sou grata. Obrigada também a vós por estareis desse lado. Até já!

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  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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