Sempre achei piada ao PHDCOMICS. Para quem está a fazer um doutoramento há tantos, mas tantos comics em que nos revemos que quase que irrita! Lembram-se dos últimos Diários de Bordo? Sim, o pânico, sim, estou quase a começar uma nova etapa, sim, tenho pouquíssimo tempo para escrever uma tese de doutoramento, entre outros objectivos, sim, estou quase a dar em doida! Ahahah! Para aliviar um pouco toda esta pressão e porque estava com um bloqueio enorme, decidi tirar umas mini-férias e fui até ao Couraíso, local que tanto me inspirou no passado e que já me “salvou” tantas vezes a vida. Foi bom, foi maravilhoso, vim de coração cheio (hei-de escrever um post só sobre o festival), mas também vim com alguma preocupação acrescida e ligeiramente adoentada. É um crime a diferença de temperatura que se faz lá do dia para a noite, mas para quem já vai na sétima edição isso não devia ter sido novidade. Ainda assim, não consegui evitar aquela garganta dorida e sensação de resfriado.
Cheguei no Domingo e ontem e hoje já estive a trabalhar a tempo inteiro. Não tinha saudades nenhumas de acordar antes das 7h, principalmente quando com este calor é impossível dormir em condições. Então depois de almoço é que são elas. Chega aquela moleza e aquele sono de quem só quer dormir uma sesta! Felizmente, já consegui avançar numa ou outra coisa que estava pendente do tal “bloqueio de escrita” que não ataca só escritores, mas também, se não mais, académicos! Sem dúvida que o meu doutoramento tem sido uma epopeia. Ainda estou a tentar desvendar como vou conseguir ligar tudo o que fiz de forma fluída, mas se há coisa que tem funcionado como reforço positivo é o feedback que tenho recebido de quem me tem acompanhado.
Acho que a grande luta aqui é perceber quando é que se deve parar. Até onde é que se deve ir. As proporções do que se deve explorar. Então quando se trata de atacar o trabalho relacionado e a contextualização, o oceano parece infinito. Mas mesmo no trabalho desenvolvido, que foi praticamente todo revisto por pares e está publicado em conferências ou em revistas científicas, há toda uma insegurança. Quer dizer, há e não há. Há, no sentido de recear que os júris da minha tese não achem interessantes e pertinentes, por outro lado não deveria haver razão nenhuma para inseguranças já que outros, devidamente capazes, o aprovaram. Toda uma montanha russa de emoções. Há-de correr tudo bem!
Antes de terminar, quero só deixar aqui a nota que este matulão, #ocaobran, comemora 10 meses! Ou seja, está há nove meses comigo e com a minha família! Nunca pensei que cuidar de um cão, desde as suas quatro semanas, altura em que foi abandonado, acabasse por ter um impacto tão grande nas nossas vidas. Mas teve. E de que maneira! Eles têm o condão, não sei explicar bem como, de nos fazer olhar para dentro de nós mesmos. O laço que criamos com eles é uma espécie de compromisso de partilha. Nós cuidamos deles, eles dão-nos um suporte e um carinho sem igual. Como não adorar este patusquinho?
Nas próximas semanas começam a sair as novidades da rentrée literária das diversas editoras, sendo que na próxima semana temos já as da Porto Editora reveladas e na semana seguinte da Bertrand! Vou estar presente no lançamento das duas, por isso fiquem atentos! Até já 🙂