1000 Frases de Camilo Castelo Branco
Organizador: Luís Naves
Género: Literatura/Outras Formas Literárias| Formato: 15 x 23,5 cm | N.o de páginas: 264 | PVP: € 16,60 | ISBN: 9789897225772
Não condenemos os pensamentos de ninguém, antes de os examinar de raiz», escreve Camilo Castelo Branco em O Retrato de Ricardina, o mesmo Camilo Castelo Branco que, sem pudor, atira a deixa desafiadora que dá título a esta nota de imprensa em O Perfil do Marquês de Pombal. Frases que merecem o destaque que a Quetzal lhes dá em 1000 Frases de Camilo Castelo Branco, com organização de Luís Naves, um livro que surge na sequência da recolha de frases de Fernando Pessoa e Vergílio Ferreira, e que chega amanhã às livrarias.
Camilo (1825-1890) é o nosso mais genial e inventivo romancista. Não há romance, novela ou ensaio da sua autoria que não conte- nha frases memoráveis, personagens trágicas ou cómicas que se exprimem de forma singular, pensamentos ousados, reflexões que apetece repetir. O seu léxico é poderoso e maleável; a sua veia, cómica (tão próxima do cinismo como da melancolia); as suas ideias, controversas.
Dessa obra multifacetada e brilhante, Luís Naves recolheu exata- mente 1000 frases, que traduzem o temperamento e o génio de Camilo Castelo Branco, passando por temas como o amor, a litera- tura, a política, entre outros.
Excertos do livro:
«Se está decidido que os caranguejos não andam para diante, nem são estacionários, este romance é uma espécie de caranguejo literário: recua, pelo menos, vinte anos em cada capítulo!»
«É isto verdade; o contrário também é verdade; neste mundo, ou tudo é verdade, ou não há verdade nenhuma.»
«Amar eternamente!… Deus nos livre disso, não há amor que resista a vinte e quatro horas de filosofia!»
«A beleza é o poder moderador dos delitos do coração.»
«Preferia uma mulher feia, se as há, à mais nítida metáfora de Cícero.»
Sobre o organizador:
Luís Naves nasceu em Lisboa, em 1961. Foi jornalista no Diário de Notícias, nas áreas de eco- nomia e de internacional, tendo assinado reportagens em zonas de conflito, nomeadamente aquando dos distúrbios na Guiné-Bissau, em 1998, ou no Paquistão, após os atentados do 11 de Setembro. Durante vários anos, escreveu no DN sobre assuntos europeus. Além de blogger e cronista, é autor de cinco livros de ficção, três dos quais foram publicados pela desaparecida Campo das Letras: O Silêncio do Vento (1999), Os Reis da Peluda (2002) e Homens no Fio (2006). Dois dos seus romances foram publicados pela Quetzal: Territórios de Caça (2009) e Jardim Botâ- nico (2011).