É com enorme prazer que divulgo esta colecção maravilhosa intitulada «Património Natural do Mundo». Esta coleção, que consiste em seis volumes (os dois primeiros estão publicados e correspondem às imagens do post) é uma celebração das riquezas naturais do nosso planeta, selvagens e sensíveis, em constante desafio às alterações climáticas. Com uma cuidadosa seleção de imagens de fotógrafos especializados, é-nos apresentada uma seleção dos mais belos parques nacionais, regiões protegidas e reservas da biosfera. Cada país revela os seus melhores segredos, quando nos afastamos das zonas urbanas e chegamos ao interior tranquilo e por vezes inóspito, ou ao aprazível e por vezes selvagem litoral. Observar e ler cada página é embarcar numa odisseia que nos deixa sem fôlego e nos faz descobrir os locais mais selvagens e exóticos, bem como os ecossistemas com a maior biodiversidade, a nível mundial.
Europa do Sul
O densamente povoado sul da Europa tem para oferecer, não apenas tesouros culturais de renome mundial, como também abundante natureza intocada: inúmeros parques nacionais e zonas protegidas contribuem para a conservação de regiões fascinantes, com a sua fauna e flora tão ricas em espécies.
Espécies animais raras e ameaçadas pela extinção, como ursos, lobos, cegonhas e águias-pesqueiras, encontram, em vastas regiões de floresta e fluviais e no remoto mundo montanhoso, um habitat à sua medida. Os glaciares alpinos franceses, o tremendo Maciço do Monte Branco e os Pirenéus contrastam magistralmente com a paisagem idealizada da Provença ou da Costa Azul. Também a costa atlântica do norte de Espanha ou o Algarve, a Serra Nevada coberta de neve ou o fértil vale do Douro, juntamente com as ilhas das Canárias, da Madeira e dos Açores, compõem a natureza multifacetada do Sul. Desde sempre, somos maravilhados pela paisagem da Toscana, são míticos o Vesúvio e o Etna e inacessíveis as Dolomitas. Montanhas como o Olimpo e o Parnasso inspiraram a arte e a literatura. Em países como a Albânia, Bulgária, Croácia ou Eslovénia, a natureza surge ainda mais intocada, o mundo selvagem ainda mais intenso; aqui dominam penhascos agrestes, colinas solitárias, vales romanticamente intactos.
Europa do Norte
A natureza no norte da Europa é notavelmente diversa. Tem a natureza inóspita do Ártico e a paisagem primitiva dos fiordes da Escandinávia, como no fiorde de Geiranger; tem as costas escarpadas e agrestes, extensas florestas e lagos cintilantes sobre os quais bailam as luzes polares. Bois-almiscarados, alces, ursos-pardos, lemingues e papagaios-do-mar fazem da região a sua casa. Os ursos-polares estão totalmente à vontade no Ártico russo e no mar Ártico. As ilhas Britânicas impressionam com as suas míticas formações rochosas, como a ilha de Skye ou a Calçada dos Gigantes. Foram amiúde tema de cancão as falésias de Moher e o Loch Lomond, e o Lake District, o Peak District ou Snowdonia evocam um pathos romântico.
No extremo oposto encontramos o mar de baixio, a paisagem plana de charneca dos países do Benelux e as ilhas do mar do Norte e do mar Báltico. Rumando mais para norte, encontramos o Harz, a Suíça Saxónica e as montanhas de arenito do Elba. Deparamos ali com o universo alpino no seu melhor, no fascinante mundo dos glaciares suíços. As verdes margens do Danúbio, na Áustria, competem com Hohen Tauern e com a Estíria pela atenção dos seus admiradores.
O Parque Nacional de Białowieża, na Polónia, engloba a última floresta primeva da Europa, mas também as florestas de faias dos Cárpatos merecem a nossa veneração. No sul da Ucrânia, é impossível não nos entusiasmarmos com o mundo subaquático do mar Negro.
O primeiro volume, Europa do Sul, encontra-se em passatempo! Participem e maravilhem-se 🙂