Fotografia por Hugo Lima |
Desafiei as bandas portuguesas que estiveram em Paredes de Coura a responderem a seis perguntas. Os nossos jovens e cheios de garra Killimanjaro foram os primeiros!
1.Qual é a sensação de tocar no Vodafone Paredes de Coura? Existe algo que, para vocês, o diferencie de todos os outros locais de concertos?
A principal diferença, para nós, é que é o maior de todos os locais de concertos onde alguma vez tocámos e com a maior quantidade de ouvidos apontados a nós.
2.O que pensam da hora que vos atribuíram? Sentiram-se satisfeitos ou já começa a ser cansativo a filosofia de serem os portugueses sempre a abrirem os palcos?
Não nos incomoda nada a hora. Para dizer a verdade, estamos contentes com tudo. Gostávamos de ter tocado mais alto, mas assim já foi rock que chegue.
3.Porque é que acham que isso ainda acontece?
Sei que a mágoa partilhada pelos Linda Martini deixou muita gente sensível a isto, mas sinceramente, se alguém vai dar um bom concerto, faz isso tanto às 18h como às 02h. Sei que há menos público e tal, mas compreendo muitas vezes a parte da organização. Quem lida com bandas estrangeiras sabe que tendem muitas vezes a serem picuinhas com este tipo de questões, o que não é uma característica típica das bandas portuguesas, por isso, é deixar passar a água debaixo da ponte, que ainda há muita.
4.Que passo será necessário dar para que isso mude?
Criar um terceiro palco que só funcione a partir das 22h e só com bandas tugas. Depois é esperar para ver. O público não está assim tão preocupado com estas coisas e não é por mal. Da mesma forma que não é por mal que vejo pessoal a moshar em Mac DeMarco e sentadinhos no nosso concerto. E isto não nos pode incomodar. As pessoas têm de gostar de nós porque gostam de nós.
5.Conseguiram usufruir do festival enquanto meros espectadores?
Bastante.
6.No fim, que balanço é que fazem deste Vodafone Paredes de Coura? Querem voltar?
Como estreantes em todos os aspectos, não temos um ponto de referência para comparar a outras edições, mas gostamos e imenso e saímos de Coura arrependidos por não termos vindo anteriormente. Certamente nos encontraremos no bar da roulotte para o ano.