“Por vezes gostava que, nem que fosse por uma única vez, olhasses para mim e me percepcionasses. Não que te limitasses a ver-me, à minha figura mediana, aos meus olhos a roçar o marfim, aos meu nariz ligeiramente empinado e aos meus lábios cheios. Eu sei que pareço sempre bem disposta, que o mundo está sempre a meu favor, que com as minhas tiradas satíricas, mas tantas vezes amargas sem que as pessoas se apercebam, disfarço todo um mundo cheio de tumultos, inseguranças e lutas interiores. Procuras-me tantas vezes e ainda assim quando partes sinto-me vazia. Encontras em mim aquilo que tanto buscas e que não encontras em ninguém: conforto, compreensão, aceitação e uma fonte de força. Mas o que é que eu encontro em ti, para além da necessidade de te proporcionar o maior conforto possível? Ou seja, o que é que eu encontro para além da urgência em dar? Será que não tens a mínima curiosidade em explorar mais do que sou, em descobrir as minhas falhas e necessidades e colmatá-las? Conseguirei eu aguentar por muito mais tempo esta unilateralidade? Não me parece.”
Morrighan 1/09/2013 13h40
A única resposta que nunca consigo responder…
"E quem é que cuida de ti?"
Talvez o espelho o faça, nos dias em que não me perco em alguns pontos negros…ahahah
Bem, gostei de teu texto, creio que temos uma ou outra coisa em comum – tua alma e a minha coisinha reluzente xD
Ahahah, oh Sofia, és demais!
Isto é tudo coisa de gente maluca :b O que não é necessariamente mau, mas devemo-nos colocar sempre em primeiro lugar 🙂