O Dia de Brighid – Imbolc
Brighid também foi vista como uma deusa ligada ao ciclo anual. Ela presidia o começo da primavera, que, no ciclo dos antigos festivais do fogo, começava na véspera de primeiro de fevereiro, Imbolc, ou o Dia de Brighid.
A palavra Imbolc significa literalmente “dentro do ventre” (da Mãe). A semente que foi plantada no Solstício de Inverno está se desenvolvendo. Esta festa é chamada de “Dia de Brighid” em honra a Deusa irlandesa Brighid.
As suas festas eram repletas de fogos sagrados, simbolizando o fogo do nascimento e da cura, o fogo da força e o fogo da inspiração poética.
Brighid é a noiva sagrada, e o seu templo é o santuário do fogo divino, o qual representa o fogo do sol. Seguindo a tradição celta, deixe o fogo da sua lareira queimar completamente na véspera do dia de Brighid. Na manhã seguinte, prepare uma fogueira com cuidado especial. Pegue nove (ou sete) pequenos galhos, tradicionalmente de tipos diferentes de árvores e acenda-os. Então, prepare a fogueira com os galhos acesos, enquanto declama três vezes:
Brigid, Brigid, Brigid, a chama mais brilhante!
Brigid, Brigid, Brigid, nome sagrado!
Um outro costume do dia de Brigid é plantar uma árvore frutífera.
No paganismo esta é a época em que a Grande Mãe volta a ser novamente a Jovem Deusa Solteira.
Uma lenda escocesa, relaciona Brighid com Caileach. Esta última, era também conhecida como a Carline ou Mag-Moullach e era o aspecto da velha deusa no ciclo anual. Estava ligada às trevas e ao frio do inverno e assumia a direção no ciclo das estações em Samhaim, a véspera do primeiro de novembro. Ela portava o bastão negro do Inverno e castigava a terra com forças frias que ressecavam a vegetação.
Com o fim do inverno, ela passava o bastão do poder para Brighid, em cujas mãos ele se tornava um bastão branco que estimulava a germinação das sementes plantadas na terra negra. As forças expansivas da natureza começavam então a manifestarem-se. Por vezes, essas duas deusas eram retratadas em batalha pelo controle das forças da natureza. Dizia-se até que Cailleach aprisionava Brighid sob as montanhas no inverno. Mas o melhor modo de reconhecê-las é vê-las e considerá-las como duas facetas de uma deusa tríplice das estações: a Velha Cailleach do Inverno, a Donzela Brigid da Primavera e a Mãe-deusa do viço do Verão e da frutificação do Outono.
No Festival de Imbolc é costume, no final da tarde da véspera, colocarem-se velas (laranja), em todas as janelas da casa e deixá-las acesas até o amanhecer. Também deve anteceder às festividades, um ritual de purificação e limpeza da casa. A celebração também envolvia a construção de uma Boneca Noiva com as últimas gavelas de milho do ano anterior. Podemos conceber aqui a Deusa Brighid com atributos da Deusa do milho.
Por meio do ciclo dos Festivais do Fogo (Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas), os antigos povos celtas celebravam as diferentes energias da roda do ano. Isso era vivido especialmente como o poder do fogo manifestando-se em diferentes níveis.
Brigid chega às nossas vidas portando a chama da inspiração. Está sem energia? Falta-lhe motivação? Está tão perdido que não sabe que rumo tomar? Sonha com algo, mas não se sente com coragem de realizá-lo? Esta é a hora e a vez de alimentar sua totalidade e interioridade com a centelha energética da Deusa Brighid.
Ela diz-nos que uma vida sem o calor da sua chama de inspiração é totalmente insípida. Abra o seu coração e permita que a inspiração seja o alimento da sua alma, para que possa tornar-se mais segura(o) e energética.
Texto Pesquisado e Desenvolvido por Rosane Volpatto e adaptado por mim.
Morrighan