De vez em quando chegam até nós projectos que nos tocam de forma muito particular. Há uma semanas, fizeram-me chegar o disco “The Shaman’s Call”, de Sandy Kilpatrick e o coração enterneceu-se, enquanto os sentidos experimentavam as sonoridades.
O músico escocês, licenciado em Literatura Inglesa e Americana, pela Universidade de Lancaster, começou com o projecto Sleepwalker, com o qual em 2000 lançou o primeiro single “Sleepwalking” com o selo Ugly Man Records. Quis o destino trazê-lo pouco depois para Portugtal, iniciando o projecto The Neon Road em 2003, com o EP “Am I Welcome Here”. Mais um trabalho sob esse nome foi lançado em 2005 “Incandescent Night Stories” e em 2006 foi convidado para ser responsável pelas Relações Internacionais no Theatro Circo, em Braga.
Durante os dois anos que lá esteve, lançou o seu primeiro trabalho em título prório, o EP “The Ballad of The Stark Miner”, em Outubro de 2007.Em 2013, Victor Belanciano lembra “The Ballad of The Stark Miner”, descrevendo o EP e lançamentos passados desta forma: “Nessas obras criava uma música intimista e espaçosa, pequenas histórias com aroma a terra molhada, inspiradas em Leonard Cohen ou Nick Drake, com qualquer coisa de melancólico mas sempre com um final feliz, porque a sua música é assim: esperançosa.” Palavras de Vítor Belanciano – Público (APARTES)
Mais tarde, em Novembro, Kilpatrick volta com mais uma edição de autor, sendo assim lançado digitalmente, o EP “Your Love is a Weapon”. O trabalho mais recente de Sandy Kilpatrick é o álbum “The Shaman’s Call”, lançado ontem.
O nascimento de “The Shaman’s Call” marca o final de uma intensa jornada pessoal de composição e introspecção, bem como o ponto de viragem para um brilhante novo ciclo deste cantautor escocês que há mais de 10 anos escolheu Portugal como sua primeira casa.
“Your Love is a Weapon” é o primeiro single a destacar e, muito possivelmente, a canção que melhor representa a simplicidade que Kilpatrick quis imprimir neste álbum. Bem distinto do seu antecessor “Redemption Road” (2012), onde as canções caminhavam por um universo mais épico e conceptual, “The Shaman’s Call” surge como um processo muito mais puro e intuitivo de Kilpatrick tanto na escrita como no sentimento de entrega nestas nove canções.
“The Shaman’s Call” é uma edição de autor com distribuição nacional e conta já com vários concertos agendados.
28 / MARÇO Casa das Artes de Famalicão | VN Famalicão
8 / MAIO Café-concerto, CCVF | Guimarães
30 / MAIO Teatro Cinema de Fafe, 48/20 – Ciclo de Cantautores | Fafe
11 / JULHO FNAC St. Catarina / Norteshopping | Porto
19 / JULHO Festival Asas | Penela
25 / JULHO Festival Laurus Nobilis | Louro