A Senhora de Avalon
Marion Zimmer Bradley
Sinopse: Marion Zimmer Bradley regressa agora com esta nova saga da ilha mágica, contada por três gerações de sacerdotisas que, nos primeiros quinhentos anos da era cristã, protegem o seu reino encantado da avidez do Império Romano. A primeira, Caillean, esconde Avalon dos legionários, envolvendo-a sabiamente numa nuvem de brumas intransponíveis; a segunda, Dierna, promove de forma astuta a união de uma das suas noviças com um general romano, transformando-o num potencial imperador bretão que assegurará a preservação do solo sagrado; a terceira, Viviane, guardiã do Cálice Sagrado, partirá da casa dos pais adoptivos na ilha de Mona aos catorze anos para se encontrar com a verdadeira mãe, a senhora de Avalon, e preparar o caminho para o nascimento do rei Artur. Rico na descrição de ambientes e na construção de personagens, este romance – onde não faltam guerra, e traições, amores e ódios, profecias e maldições – tem a mesma grandiosidade mítica e épica que caracteriza a obra da autora, já com meio milhão de livros vendidos em Portugal, evocando com igual dinamismo, os mitos, a magia, e a história da Inglaterra lendária.
Opinião: Como sabem, antes deste livro já tinha lido os Corvos de Avalon e A Casa da Floresta. A curiosidade desperta em mim era tanta que fui a correr aproveitar o desconto de 25% no Jumbo e comprei este livro. Não estou nada arrependida. Apesar de não ser um livro muito muito apaixonante, foi um livro que mostrou imenso, explicou ainda mais e um livro da MZB é sempre um livro dela, principalmente nesta grande saga que é a de Avalon.
Uma das razões pela qual o livro não é excelente, e acredito que seja por própria necessidade da estrutura do livro, é que este está dividido em três grandes capítulos cada um com a sua história. Não é que seja mau, apenas as histórias individuais não são desenvolvidas por aí além. Mas acredito que se quisessem dividir em três livros, talvez as pessoas se fartassem um pouco.
No primeiro capítulo temos então a história de Caillen e Gawen (filho de Eilan – sacerdotisa da casa da floresta no livro A Casa da Floresya). Caillen leva Gawen para Avalon, onde ele é criado com os druidas. A certa altura farta-se de que lhe digam sempre o que fazer e decidi ir à procura do seu legado em Deva, com o seu avô (pai de Gaius, avô de Gawen). Aí a sua história quase que se repete à do pai até que ele sente que não pertence a lado nenhum e decide voltar para Avalon. É depois do seu retorno e do ritual da Dança dos Gigantes que Caillen se vê obrigada a proteger Avalon do resto do mundo e invoca as brumas. Porquê? Leiam o livro =) Só vos digo que Gawen faz a dança dos Gigantes com Sianna, filha da Rainha das fadas e que é sacrificado pela britânia.
No segundo capítulo temos Dierna, da linhagem de Sianna, como Senhora de Avalon. Uma outra personagem de grande importância é Carausius. O tal general romano (ele não é romano, apenas prestou juramento a Roma) que vem a desempenhar um papel importantíssimo na defesa da Britânia e que também ele é sacrificado por esta.
No terceiro capítulo temos Ana, mãe de Viviane que virá a ser tia de Artur. Ana é a Senhora de Avalon, uma mulher implacável que mandou Vivane embora quando ela tinha 6 anos, mas que depois de as suas duas outras filhas mais velhas morrerem, mandou chamá-la novamente. Outra personagem marcante deste capítulo é Taliesin.
Custa-me um pouco falar deste livro sem spoilers, e acho que já spoilei um bocado. É que este livro mostra-nos a inevitável e derradeira verdade de que a roda da vida gira e gira e torna a girar.
Está um livro extremamente bem escrito, com personagens que amamos e outras que só nos apetece espancá-las, lugares de sonho e lugares que provavelmente temeriamos e verdades inabaláveis.
Quero dar os Parabéns à tradução e à redação deste livro porque não encontrei quase falha nenhuma! Acho que apenas encontrei um “e” em vez de um “a” ou vice-versa. E quero deixar aqui bem claro que dou imenso valor a este trabalho que deve ser árduo, mas que para os leitores é fundamental.
O ano que passou (acabou ontem!!) li livros que só me apetecia benzer. Palavras que às tantas faltavam na frase, erros ortográficos, enfim! Muitos Parabéns à equipa da Difel 🙂
No geral, foi bom compreender como surgiu a ideia de uma Avalon afastada do mundo dos humanos, conhecer melhor um pouco da história da Britânia e ao mesmo tempo ficar fascinada com toda aquela magia e sentimentos.
Uma das coisas que gosto nos livros desta escritora é que mesmo com toda a fantasia, eles têm sempre personagens históricas e factos históricos. É sempre um prazer juntar cultura ao lazer.
Para os amantes da Saga da Avalon, é um livro insdispensável para compreender toda a tramóia.
Nota: 8.5/10