A Manopla de Karasthan
Filipe Faria
Data 1ª Edição: 09/04/2002
ISBN: 978-972-23-2863-0
Nº de Páginas: 536
Dimensões: 150x230mm
Peso: 760g
Sinopse: Na imensidão cósmica existe um mundo, Allaryia, de grandes heróis e vilões infames, de seres de uma beleza indescritível e criaturas maléficas de uma fealdade atroz, nações poderosas e impérios tirânicos. Depois de muitas eras que alternaram entre a paz e a discórdia, encontramos neste primeiro volume das Crónicas de Allaryia, um tempo de aparente tranquilidade, de uma calma inquietante, semelhante ao silêncio que antecede a tempestade. Algures, numa câmara escura, subterrânea, algo se move, tentando libertar-se de anos de cativeiro, algo monstruoso, inumano, sedento de sangue e dor. O povo de Allaryia perdeu o seu campeão – Aezrel Thoryn, provavelmente morto numa batalha contra o Flagelo, a força das trevas, em Asmodeon – e mais do que nunca precisa de protecção. Aewyre Thoryn, o filho mais novo do saudoso rei, pega em Ancalach, a espada do seu pai, decide descobrir o que realmente lhe aconteceu e parte a caminho de Asmodeon. O que o jovem guerreiro não podia prever era que a sua demanda pessoal se iria transformar, à medida que os encontros se vão sucedendo, na demanda de um grupo particularmente singular, que reunirá a mais estranha e inesperada mistura de seres – Allumno, um mago, Lhiannah, a bela princesa arinnir, Worick, um thuragar, Quenestil, um eahan, Babaki, um antroleo, Taislin, um burrik, Slayra, uma eahanna negra e o próprio Aewyre. O ritmo a que se sucedem as aventuras é absolutamente alucinante, a cada passo surgem perigos mais tenebrosos, seres aterradores que esperam, ocultos nas sombras, o melhor momento para atacar e roubar a tão desejada Ancalach… Mas os laços de amizade que unem o grupo estão cada vez mais fortes e, juntos, sentem-se capazes de enfrentar qualquer inimigo.
Opinião: Este é o primeiro livro das Crónicas de Allarya e é também o primeiro livro de Filipe Faria que leio. Ao início fez-me lembrar imenso O Senhor dos Anéis. Não pela estória em si mas sim pela caracterização. Tenho apenas a dizer que foi uma excelente experiência ler este livro!
Não conhecia a escrita de Filipe Faria, mas já tinha este livro na minha estante a chamar-me há muito tempo.
Após este grupo, tão diferentes uns dos outros, se ter juntado, a aventura começa. Aewyre como seu líder tenta comandar este grupo na sua demanda mas em que vão aparecendo obstáculos atrás de obstáculos que mesmo com as suas diferenças, o grupo une-se, cria laços de amizade (às vezes mais que isso) e conseguem ir ultrapassando as dificuldades com maior ou menor custo.
O Filipe consegue construir aqui um mundo de raiz, cheio de imaginação e com habitantes inesperados. Apesar de achar que se nota que este livro foi o seu primeiro, não nos deixa de cativar à sua leitura.
Recomendo vivamente para quem gosta de fantasia, mundos diferentes e muito humor e amizade à mistura, mesmo entre raças tão opostas.
Nota: 8/10
Prémios
- Prémio Branquinho da Fonseca – Expresso/Gulbenkian (Infância e Juventude) 2001
Site
Dois pontos ficaram retidos no meu cérebro quando li o primeiro livro das Crónicas de Allaryia, há quase 10 anos: a narrativa lembrou-me uma BD (o que é bom) e o facto do autor não se ter limitado a usar as clássicas espécies presentes na high fantasy, optando por criar novas (verdade, algumas são muito parecidas com os habituais elfos, dwarfs, orcs e afins, mas têm diferenças suficientes para se distinguirem).
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