Entrevista a Samuel Pimenta – Escritor Português

Olá a todos!
Hoje cá vos deixo mais um escritor nosso que se estreou há bem pouco tempo! Samuel Pimenta, com o seu livro O Escolhido, chega agora até nós. Sempre muito simpático e humilde, o Samuel mostrou grande disponibilidade e agradecimento desde o início do contacto que tive com ele e é com gosto que passamos agora à “mini-entrevista”:

Fala o Samuel,
Sobre Mim:
Como diziam algumas professoras e a minha mãe, sempre tive uma “imaginação fervilhante”, antes mesmo de começar a escrever. Lembro-me de brincar a imaginar histórias, incorporar várias personagens, entrar em cenários fantásticos idealizados na minha mente, sonhar com magias, seres encantados, fadas, monstros, reis e rainhas, príncipes e princesas, mundos nunca antes vistos… A minha mãe perguntava-se de onde vinham tantas ideias fantasiosas, perguntava-se porque seria aquela criança tão alienada! Hoje ela costuma dizer que já percebe o porquê de tanta fantasia!Comecei a escrever aos 10 anos. Lembro-me que o primeiro conto que escrevi foi “A Casa Assombrada”, um texto de duas páginas sobre um grupo de amigos que se atreveu a entrar numa casa com fantasmas e vampiros! Penso que demorei uma tarde para o escrever. Assim que o terminei, fui para a sala, coloquei-me de pé sobre o sofá e contei aquela história às minhas avós e à minha mãe. Lembro-me perfeitamente desse dia, como se tivesse sido ontem… Contei a história, recebi aplausos e, naquele que poderia ter sido o primeiro e último dia dos meus escritos, deram-me os parabéns e incentivaram-me a continuar. Foi aí que nasceu o meu sonho, foi aí que percebi que queria ser escritor! Decidido a ser “um escritor a sério”, lancei-me sobre o lápis e o papel e nunca mais parei de escrever, tinha que ter histórias para editar! Lembro-me que foram muitos os contos que escrevi desde os 10 anos, todos em papel. E desengane-se quem pensar que escrevia só para mim! Não, eu escrevia para mim e para os outros, escrevia histórias que sonhava ver, um dia, nas mãos dos leitores. Tenho pena de ter perdido esses “tesouros”, tenho a certeza que me iria deliciar com a ingenuidade daquele tempo.Fui evoluindo na minha escrita. De contos de duas páginas, passei para contos de cinco, seis, sete, oito, vinte páginas, sempre na linha do Fantástico. Entretanto, arranjou-se um computador cá para casa, que passou a ser o meu “novo brinquedo” (e local de trabalho, levava muito a sério o acto de escrever!). Aos 13 anos, descubro a poesia. Aos 14, o teatro. E dou por mim a escrever nos três géneros literários, com ideias para os mais variados projectos.A primeira ideia para “O Escolhido” surgiu aos 15 anos. Comecei de imediato a fazer anotações. Soube, desde o início, que iria dividir a história em três livros. Comecei a escrever o primeiro volume aos 15 anos, mas entretanto o meu computador teve uma avaria e perdi toda a informação. Frustrado, desisti da ideia! Acabei por decidir que tinha que recomeçar a escrever o primeiro volume, a minha mente estava cada vez mais povoada por personagens fantásticas de um mundo ao qual eu tinha dado o nome de Incantatus. Recomecei a escrever o livro em Outubro de 2006, tinha 16 anos, e terminei-o em Abril/Maio de 2007, já com 17 anos. Fiz a revisão e, antes de o enviar para as editoras, enviei-o para a Sociedade Portuguesa de Autores, da qual sou beneficiário desde 2006, com o objectivo de registar a “paternidade” da obra. Enviei o livro para mais de vinte editoras! Enquanto esperava as respostas, fiquei classificado em 2.º lugar num concurso de escrita no âmbito da inauguração da Biblioteca Municipal Dr. Hermínio Duarte Paciência, em Alpiarça, a Junho de 2007. E passado um ano, recebo a resposta da Planeta Editora, mostrando-se interessada em publicar o meu livro. Para mim foi, simbolicamente, mais um incentivo para continuar com este meu sonho de querer ser escritor, uma loucura, muitos me disseram, desencorajando-me; um acto corajoso, muitos me disseram, congratulando-me. Ainda estou para descobrir a resposta!

Estilo e Ritmo de Escrita:
Quando escrevo ficção, não sou de fazer planificações muito rigorosas em papel. Por vezes, falo para um gravador e depois ouço o que estive a dizer, embora seja mais frequente tomar nota das ideias que me vão surgindo, apenas para não me esquecer. Acabo por estruturá-las mentalmente e, depois, deixo que a imaginação trabalhe por si, que a história flua. É óbvio que tenho um objectivo a alcançar, tenho um fio condutor. Quando inicio um capítulo, sei que as personagens estão num ponto e quero que, no final, estejam noutro. Por norma, o caminho que percorrem entre um e outro ponto não está definido, acaba por surgir no momento em que estou a escrever. E acaba por ser isto que me fascina na escrita, o imediatismo, a experiência da imaginação e da criatividade vivida em pleno.Quanto à poesia, escrevo quando sinto que tenho de escrever. Acaba por ser uma escrita muito mais emocional e ligada às pulsões. Enquanto que, com a prosa, procuro contar histórias que eu gostaria de ler, com a poesia procuro exorcisar as experiências do Eu e materializar em letras o Sentir.Prosa, escrevo directamente no computador, num local onde me possa concentrar. Poesia, escrevo directamente no papel, em qualquer lugar, já que trago sempre comigo um bloco e uma caneta. E música, música é essencial para mim!

Influências:
No que toca a referências, desde J.K. Rowling, Tolkien, Lewis Carrol, Irmãos Grimm, Jostein Gaarder, Erasmo de Roterdão, Sophia de Mello Breyner, Almeida Garrett, Luís de Camões, Fernando Pessoa, José Saramago, Eugénia Frazão, Hermann Hesse, Paulo Coelho, Miguel Torga, Florbela Espanca, Eça de Queirós, Victor Hugo… são tantas, tantas as histórias de vida e obras que me inspiram! É nestas personalidades e nas suas obras que eu ponho os olhos, procurando seguir-lhes os passos. Sei que tenho um percurso muito sinuoso para percorrer, ainda…Para escrever no género Fantástico, procuro ouvir música celta, bandas sonoras, música clássica… “O Escolhido” tem alguma influência das culturas e mitologias greco-romana, celta e nórdica. O fascínio que tenho pela Natureza também tem o seu contributo. Faço alguma pesquisa em livros e na Internet. E sempre que preciso de um estímulo na minha imaginação, nada melhor do que assistir a um filme de fantasia ou a um bom épico!É óbvio que, para escrever e evoluir, tenho de ler e praticar muito! E, acima de tudo, ter um espírito crítico muito apurado. Tenho noção de que um aspirante a escritor não pode permitir que a apatia e o comodismo façam parte da sua vida!

Planos para o futuro:
Futuro… São imensos os projectos que tenho para o futuro!De momento, estou a trabalhar no segundo volume da trilogia. Quero terminá-lo o quanto antes e escrever o terceiro para, depois, começar com um novo projecto, longe das linhas do Fantástico. Não é que esteja cansado do género, mas sinto que tenho outros horizontes que me esperam, novas áreas por explorar!Estou a pensar, também, em publicar o meu primeiro livro de poesia. Num dos meus blogs, o Linhas, os meus poemas têm sido alvo de alguns elogios que me fazem colocar esta hipótese. Mas há que ir com calma, cada coisa a seu tempo.Quero, também, investir mais no texto dramático, pois são muitas as ideias que tenho!De momento, tenho de me centrar na divulgação d’ “O Escolhido”. Para isso, tenho o blog e as páginas das redes sociais, que se revelaram ferramentas muito úteis para esse efeito! Brevemente, começarei com as sessões de apresentação e de autógrafos, o que será bastante útil, penso eu, pois permitirá um contacto mais directo com os leitores, o que é sempre positivo.Para mim, escrever é como respirar! Melhor, respirar é como escrever! É essencial, define-me! Acima de tudo, busco a minha inspiração na Vida e nesta vontade que eu tenho de contar histórias. Espero que o futuro que me espera vá ao encontro daquilo que ambiciono e por que lutei até aqui. Baixar as armas agora seria suicídio, portanto, manter-me-ei de armas em punho em busca daquele sonho que nasceu numa tarde em cima de um sofá!

Apresento-vos agora a sua obra:

O Escolhido
Samuel Pimenta

Editora: Planeta Editora

Sinopse: Um jovem com o destino traçado… Duas mortes numa fria noite em Lisboa provoca a luta contra as forças do Mal…
Criadas pela lendária Deusa, Seis Chaves de Cristal com um poder avassalador e segredos ocultos só serão descobertos pel’O Escolhido. Muito se aguardou pelo seu nascimento e uma ordem secreta zela pela sua integridade agora que o seu tempo chegou…
Num mundo de magia, mistérios e perigos iniciamos uma aventura por Lisboa, Paris e o Mar do Norte, numa junção entre o Mundo dos Humanus e o Mundo Incantatus, onde se reúnem fantasia e horror, Bem e Mal, magia, feitiçaria, elfos, anões, gigantes, trux, lobisomens, trolls… embrenhando-nos numa trama verdadeiramente fantástica.
Uma luta sem tréguas contra as forças do Mal…

Links do autor:
Blog da Trilogia
Blog de Poesia “Linhas”
Facebook da Trilogia
Hi5 da Trilogia
Facebook da Planeta Editora

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11 Comentários
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Carla Ribeiro
Carla Ribeiro
14 anos atrás

Gostei muito da entrevista. E fiquei curiosa! Vou procurar o livro por aí. 🙂

Morrighan
Morrighan
14 anos atrás

Eu já sabia do livro antes de o contactar e já andava curiosa, mas depois da entrevista e de falar um pouco com ele, ainda fiquei mais 🙂 Ele aborda temas que eu gosto muito!

Anónimo
Anónimo
14 anos atrás

Mal posso esperar para Passar os meus olhos pelas letras Do Samuel ! Orgulho nele!

Anónimo
Anónimo
14 anos atrás

Desde sempre, lembro este sonho do Samuel, agora uma pura realidade. Não duvido da qualidade e do sucesso deste rapaz. Pois ele não desiste de forma alguma e sempre dizia, eu ei-de conseguir, eu quero, eu serei, tudo com as certezas, que hoje são uma verdade. Parabéns pelo óptimo trabalho.

Guto Silveira
Guto Silveira
14 anos atrás

Samuel espero que sejas muito feliz com a continuidade desta triologia, como já te disse já comprei o livro estou a um quarto da leitura e
é muito interessante, estou a gostar muito.
Abraços e muitas felicidades
do mais novo amigo
Guto silveira

Anónimo
Anónimo
14 anos atrás

tá tão giro na fotografia =D
LOVE U BABY!

Ana C. Nunes
Ana C. Nunes
14 anos atrás

Foi há umas semanas que tomei conhecimento deste livro e do autor, mas agora fiquei ainda mais interessada depois de ler este post. E já agora, a capa do livro é linda, a meu ver.

Anónimo
Anónimo
14 anos atrás

O Samuel merece todo o sucesso do mundo! Ele desbrava o próprio caminho, é lutador e persistente! Parabéns Samuel por este passo "firme". Abraço. Luís Justino

Sónia Vieira
Sónia Vieira
14 anos atrás

Vou já comprar…
Comprem…também…
Parabéns Samuel fico muito contente…mas não surpresa…já imaginava isto há alguns anos…Força …neste país não é fácil…mas este rapaz irá conseguir.
Um beijo Grande
Sónia

Vera Hoshi
Vera Hoshi
14 anos atrás

Sei que vais ser um sucesso!!!

Anónimo
Anónimo
14 anos atrás

Fiquei encantada com a entrevista. Revela as origens humildes, mas também revela uma grande ambição de crescer do autor como autor e como ser humano. Desejo, sinceramente, que tenha muito sucesso, pois já li o livro e adorei. Quem sabe se, um dia, não o veremos numa tela de cinema. Felicidades.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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