Para quem não sabe, Paulo Fonseca foi o autor pioneiro neste programa de divulgação de autores portugueses. A vida tem destas coisas engraçadas. Descobri o blog Império Terravi lá que o autor oferecia um exemplar do seu primeiro livro a quem respondesse a uma questão e, curiosa como estava, mandei a resposta na esperança de ter direito ao livro. O Paulo, sempre muito simpático, enviou-me logo o livro com uma pequenda dedicatória que devorei em menos de nada. Império Terra – O Princípio, marca assim o início da sua trilogia. Podem ler a minha opinião no post sobre Império Terra – O Princípio.
Fui ao lançamento do seu segundo livro, que também já devorei e adorei, e lá, voltei a ganhar o seu primeiro livro autografado. Pois bem, depois de lerem a entrevista do Paulo Fonseca, vou oferecer esse livro que ganhei à uma das pessoas que responder correctamente a uma pergunta cuja resposta está na entrevista até hoje às 23h59m. Acreditem que quem ganhar o livro vai ser um felizardo. A ideia conceptual da trilogia está excelente e original. Bem diferente do que tenho lido.
Peço desculpa pela demora, passemos ao que interessa e vamos conhecer então melhor o Paulo.
(Fotos do lançamento Guerra da Pirâmide)
Sobre mim:
Nasci em Lisboa, em 1973, passei grande parte da minha infância com os meus avós no Alentejo e cresci na Cidade de Almada. Formei-me em Sociologia, na FCSH, participei nas primeiras manifestações contra as propinas que encerraram as portas das faculdades (agora, parece-me que é moda!).
A escrita surgiu-me, de início, como um escape, como uma forma de fugir às coisas que me perturbavam; era a minha resposta ao mundo, criando um outro mundo. A minha primeira história – aquela com pés e cabeça – foi escrita aos 14 anos: é um policial, já acabado, mas guardado na gaveta. Sonho, desde então, com o ser escritor.
Dizia mesmo, às pessoas mais próximas, que iria ser escritor, embora nunca o tivesse pensado como única actividade na vida. Infelizmente, por razões várias, andei desligado da escrita por mais de 10 anos, escrevendo pouco mais de que dois contos nesse período, e quando voltei a pegar na «pena» escrevi a primeira versão da Guerra da Pirâmide, escrevi o Principio, escrevi um conto de cariz histórico, reescrevi a Guerra da Pirâmide, e estou a trabalhar no terceiro livro da Trilogia Império Terra. E, é claro, que hoje digo: quero viver da escrita.
Estilo e Ritmo de Escrita:
Quem ler as palavras acima há-de imaginar que tenho um ritmo louco!
Contudo, não é assim. Há histórias que fluem melhor que outras e escrevem-se mais depressa, há outras mais lentas. É como as ideias, umas assimilam-se melhor do que outras… Depois temos também o nível de exigência que colocamos em nós próprios e o projecto a que nos propomos. Por isso, a ritmo varia. O que posso dizer é que tento produzir todos os dias, e digo tento, porque o cansaço do trabalho nem sempre me permite.
Não te sei falar do meu estilo. Não digo que não tenha um, nem que seja emprestado de alguém, mas não é uma preocupação para mim. O escritor deve apenas preocupar-se com o contar a história que quer contar da melhor maneira. O meu estilo há-de se mostrar.
Influências:
São muitas. De tudo o que li até ao momento retive alguns nomes e eles são as minhas influências, quanto mais não seja, por me terem feito apaixonar pela escrita: Boccaccio, Balzac, Agatha Christie, John Le Carré, Ellery Queen, Konsalik, Asimov, Arthur C. Clark, Tolkien, Marion Zimmer Bradley, Collen McCullough, Bernard Cornwell, Perez Reverte… Não há portugueses? Perguntas… Poderia responder-te como uma escritora portuguesa, importante, um dia classificou a nossa produção literária: em Portugal escreve-se mal e não há nada que valha a pena ler. Mas não o vou fazer, porque não concordo. O que há em Portugal é uma falta enorme de amor próprio, não se acredita no que é nacional, e há muita dor de cotovelo por aí que «obriga» a falar-se mal do que é novo só para não se dizer bem. Portugueses: para além dos clássicos, Rodrigo Guedes de Carvalho, Luís Miguel Rocha, Filipe Faria e Sandra Carvalho.
Projectos Futuros:
Conforme digo, apesar da Trilogia Império Terra ser do género Fantástico, eu escrevo noutros géneros e já tenho vários desses projectos a reclamar dentro da gaveta.
Para já vou terminar a trilogia.
E depois vou dar asas a alguns dos projectos Não Fantástico. Mas o Fantástico continuará a ser a minha linha principal.
Poderão consultar mais informação sobre os seus livros e as minhas opiniões na label Paulo Fonseca.
E agora aqui fica a questão para ganharem o livro Império Terra – O Princípio autografado, oferecido por mim. Têm até às 23h59m do dia de hoje (16 de Abril).
Formulário Desactivado – Tempo Expirado.
Já participei,
Parabéns pela entrevista
Força com o blog 🙂
Olá!
Gostei muito do formato! Muito obrigado pelo que estás fazer pelo Fantástico Português. É de mais gente como tu que precisamos nas nossas fileiras.