Illusya – O Reino Encantado
Bruno Santos
Editora:Saída de Emergência
Colecção:Teen
Nº de Páginas:352
Sinopse:Tem cuidado com o que desejas, pois pode realizar-se!
Margarida não era feliz. Tudo o que desejava era fechar os olhos e acordar longe de casa e da sua família. E um dia o seu desejo realizou-se…
Uma caixa negra com sete misteriosas canetas chegou-lhe às mãos. Canetas reclamadas por um velho ameaçador e uma pequena criatura alada. Canetas com o poder de desenhar e abrir portas para outro mundo. Levando os seus amigos consigo, Margarida prepara-se para a maior aventura da sua vida. O que ela não podia prever é que em vez de uma viagem à aventura, irá encontrar uma corrida pela sobrevivência!
Opinião: Illusya é um livro virado para o público juvenil dotado de bastante imaginação. A personagem principal, consegue cativar-nos desde início, talvez por conhecermos crianças como ela. Vive num pequeno sótão, rodeado de tralha, a madraste acusa-a de tudo e só defende os seus filhos e o pai vai na conversa dela. Para se refugiar de toda a essa descriminação, Margarida inventa mundos mágicos a toda a hora. Com as suas amigas, Diana e Joana, vai partilhando as suas histórias encantadas. Até que se vê deparada com as tais canetas mágicas e aí a fantasia passa a ser realidade.
Neste livro, nada é o que parece. O autor troca-nos as voltas a toda a hora. Se num minuto pensamos algo sobre alguma personagem, passado pouco tempo já estamos meios zonzos por não sabermos bem, afinal, o que havemos de pensar. Um dos pontos fortes deste livro, são os laços de amizade que unem as cinco crianças que participam nesta aventura. São cinco personagens encantadoras, por vezes um pouco infantis mesmo para a idade, mas que nos divertem com os seus actos e pensamentos.
Mas houve algo que me desiludiu – o tratamento dado à escrita. Durante todo o livro encontram-se inúmeras falhas. Desde a ausência de palavras, a troca de palavras, vírgulas excessivas que fazem com que nos percamos um pouco, falta de vírgulas e até uma ocorrência (pelo menos penso que foi a única que detectei) do tempo verbal futuro em vez de pretérito perfeito.
Dado o potencial da história, acho que o livro merecia uma atenção mais rigorosa por parte do autor e da editora.
Resumindo, uma leitura bastante divertida a menos dos tropeções em expressões com menos sentido.
Estive para comprar este livro quando fui a Lisboa há umas semanas, mas acabei por ficar com "O Mago" 🙂