Viva! Depois da boa leitura que foi ‘Não Fomos Nós Dois‘, decidi entrevistar o seu autor, português por sinal, Tiago Gonçalves. Espero que gostem!
Fala-nos um pouco sobre ti:
Sou um jovem portuense que procura colocar no papel os seus pensamentos, polvilhados um pouco pela sua formação, assim como pelos seus ideias. Procuro deixar a minha marca em algo que sempre gostei, desde muito novo, a literatura.
Estilo e Ritmo de Escrita:
Procuro que a minha escrita seja directa, flúida, simples, intensa. Tento que tenha muito ritmo, para conduzir o leitor e ajudar no seu pensamento, já que me foco sempre nas mensagens a transmitir.
Quais as tuas maiores influências?
Kafka, Garcia Márquez, Sepúlveda, Miguel Torga, Vergílio Ferreira, Eça de Queirós, Camilo Castelo-Branco…são os meus autores preferidos, e talvez sejam as maiores influências.
Para quem escreves?
Como me foco muito nas mensagens a transmitir, foco-me sempre no leitor em geral, ou seja, tento fazer pensar, tento que o leitor transporte o que lê para o seu mundo. Como os meus livros têm este pressuposto, nunca há ninguém para quem escreva, especificamente, apesar de gostar que a minha escrita agrade a quem está mais próximo de mim e claro, a mim próprio.
Conta-nos um pouco sobre as tuas duas obras:
O meu primeiro livro, De Uma Só Sorte, relata uma história de vida fictícia de uma mulher do campo, cujo grande “pecado” foi o conformismo. O De Uma Só Sorte pretende reflectir, de uma forma mais filosófica, sobre algumas questões fulcrais da vida. O meu segundo livro, Não Fomos Nós Dois, reflecte uma história de amor-desamor entre dois seres humanos extremamente diferentes, mas que se aproximam em pontos-chave, sendo que o quotidiano de ambos vai sendo relatado, bem como as suas vidas. Não Fomos Nós Dois podia ser uma história de qualquer pessoa, já que a vivência e descrição das personagens é extremamente, tocando muito no quotidiano de todos nós.
Como foi o processo de edição?
Tem se tornado mais fácil ao longo do tempo editar para mim, como é lógico, pelo meu maior conhecimento e entendimento de como tudo funciona, mas envolve muito trabalho, capacidade de aceitar críticas e estar ciente de que há sempre espaço a melhorar, que o diálogo com o editor é essencial e claro, saber gerir bem as expectativas. O processo de edição demora uns bons meses, na maior parte das vezes, isto desde que acabo de escrever para a publicação em si, e a verdade é que a capa tem sido o que gera mais confusão/indecisão.
Projectos Futuros:
Estou já a trabalhar num novo livro, para editar no próximo ano, possivelmente no início do ano.
Pergunta da praxe: O que achas do blog Morrighan?
Acho extremamente original e diferente, único, coerente com a sua própria linha, com boas opiniões e sugestões, um blog muito dinâmico e inovador.
Site do Autor: http://www.tiagogoncalv.es/pt/