Natureza
Que não fazes qualquer diferença entre os seres
E para quem o dia e a noite são equivalentes
Faz com que
Eu considere os homens como insectos
E os insectos como homens
O todo, no seu conjunto, como um nada
Liberta-nos do mal
Isto é, da crença que algo deva ser evitado
E, consequentemente, do medo e do escrúpulo
Liberta-nos do bem
Isto é, da crença que algo deva ser desejado
E, consequentemente, da inveja, do ciúme, da ganância e do orgulho
Concede-nos a liberdade do vento.
Nota: Este poema é um excerto do livro Nabelkos (1976). Trata-se de uma invocação da Ordre Hermétique de l’Hermine d’Argent (Ordem Hermética do Arminho de Prata), uma antiga corrente iniciática céltica originária de França.
O texto original foi gentilmente cedido por Rémi Boyer e traduzido por Alexandre Gabriel, tendo sido originalmente publicado em “Mandrágora – O Almanaque Pagão – 2011: No Bosque Sagrado dos Druidas” (© Zéfiro, 2010. Todos os direitos reservados).
Ilustração de Will Worthington em “O Oráculo Animal dos Druidas” (© Zéfiro, 2010. Todos os direitos reservados).
Excelente!
cvb
Obrigada 🙂
Sê sempre bem vinda!