Predestinado (Ordem das Trevas #1)
Philippa Gregory
Editora: Civilização
Sinopse: Estamos em 1453 e todos os sinais apontam para que o fim do mundo esteja iminente. Acusado de heresia e expulso do seu mosteiro, Luca Vero, um atraente jovem de 17 anos, é recrutado por um misterioso estranho para registar o fim dos tempos por toda a Europa.
Obedecendo a ordens seladas, Luca é enviado a cartografar os medos da Cristandade e a viajar até à fronteira do bem e do mal. Isolde, de 17 anos, abadessa, está presa num convento para impedir que reclame a sua enorme herança. Quando as freiras ao seu cuidado enlouquecem com estranhas visões, sonambulismo e exibindo estigmas, Luca é enviado para investigar e todas as provas incriminam Isolde. No pátio do convento constrói-se uma pira para a queimar por bruxaria. Forçados a enfrentar os maiores medos do mundo medieval – magia negra, lobisomens, loucura – Luca e Isolde embarcam numa busca pela verdade, pelo seu próprio destino e até pelo amor, enquanto percorrem os caminhos desconhecidos até à personagem histórica real que defende as fronteiras da Cristandade e detém os segredos da Ordem das Trevas.
Opinião: Philippa Gregory é conhecida por ser uma das mais conceituadas escritoras do romance histórico. Até me deparar comPredestinado na mão, nunca tinha lido nenhuma obra sua. Mesmo estando num registo virado para o público jovem/adulto, confesso que fiquei muito agradavelmente surpreendida com a escrita desprendida e cativante da autora.
Luca Vero é um jovem que vê a sua vida a mudar quando de um condenado se torna num inquiridor ao serviço da Ordem das Trevas. A sua primeira missão é identificar o que é que se passa de errado na abadia de Lucretili. Quando chega ao seu destino, depara-se com uma abadessa muito misteriosa e de aparência jovem e resignada, Isolde.
Os acontecimentos vão-se dando a bom ritmo e o mistério adensa-se deixando o leitor curiosíssimo. As personagens cativam, sendo ricas em pequenos pormenores que prendem-nos à leitura, deixando-nos ávidos para sabermos mais. A história não se fica pelo mistério da Abadia e na sua continuação fica claro que os destinos de Luca, Isolde e restantes companheiros permanecerão interligados.
Adorei a forma como a autora nos foi contextualizando ao nível histórico. O cuidado que teve ao explicar tudo com detalhe no fim do livro, numa nota de autor, mostra que Philippa Gregory teve cuidado e minucia ao escrever este primeiro capítulo da Ordem das Trevas. Sobre esta, ainda sabemos pouco ao fim de um volume, a não ser a sua missão, que fica bem definida desde o início. Sem dúvida que que esta autora me conquistou e que conto ler os seus restantes livros já editados em Portugal. Vale a pena.