A Filha do Papa
Luís Miguel Rocha
Editora: Porto Editora
Sinopse: Será o antissemitismo a verdadeira razão para o Papa Pio XII não ter sido beatificado?
Quando Niklas, um jovem padre, é raptado, ninguém imagina que esse acontecimento é apenas o início de uma grande conspiração que tem como objetivo acabar com um dos segredos mais bem guardados do Vaticano – a filha do Papa Pio XII. Rafael, um agente da Santa Sé fiel à sua Igreja e à sua fé, tem como missão descobrir quem se esconde por detrás de todos os crimes que se sucedem e evitar a todo o custo que algo aconteça à filha do Papa. Conseguirá Rafael ser uma vez mais bem-sucedido? Ou desta vez a Igreja Católica não será poupada?
Opinião: Existem livros e Livros, autores e Autores. Após a minha estreia na escrita do Autor Luís Miguel Rocha com A Mentira Sagrada, tomei consciência de que estava perante um escritor de uma qualidade inegável e de uma narrativa extremamente engenhosa, meticulosa e inteligente. Em A Filha do Papa, o seu mais recente romance, comprovei que essas características são, sem dúvida, a imagem de marca deste autor.
Tudo o que possa envolver religião, principalmente a Igreja Católica, é de uma sensibilidade estridente. É do conhecimento geral do público que muito se passa por trás das portas do Vaticano, mas são poucos os que se atrevem a penetrar nesse mesmo mundo de forma irreverente como Luís Miguel Rocha o faz. Nesta obra, o escritor volta a surpreender com uma história intrincada, que finta o leitor nas suas conclusões precipitadas e que dá que pensar.
Rafael é uma personagem já nossa conhecida de obras anteriores relacionadas com o vaticano. Em A Filha do Papa, para além do seu envolvimento intrínseco na trama sobre a existência da filha de Pio XII, somos surpreendidos com a espécie de trocadilho que acaba por envolver o nosso padre. A situação em que se encontra, os passos que tenta antecipar e o problema que tem para resolver, deixam o leitor ansioso e ávido por desvendar o grande final.
O sentimento após o término da leitura é de que estamos perante mais uma grande obra, com uma escrita cuidada e que prende do início ao fim. Para os grandes amantes de intrigas sobre a Igreja ou o Vaticano, irá certamente deixá-los com uma sensação de satisfação e êxtase. O fim deixou-me curiosa sobre se haverá ou não continuação. Pode ser que brevemente tenhamos aqui uma nova entrevista do autor e aí nos sejam revelados mais alguns pormenores. Adorei.
Perplexidade.
Sendo verdade que existe um grande cuidado na construção da trama e no enredo, tudo não passa de pura especulação, criada em torno de um mito e ao contrário do que o livro sugere NÃO HOUVE uma pesquisa cuidada, até porque as personagens (reais), já faleceram.
É apenas e tão só um livro sensacionalista, que tal como os anteriores deste autor, revelam uma infantilidade na abordagem a assuntos temáticos, de arrepiar.
É por isto que raramente aceito comentários anónimos. Não custa nada deixar uma identificação e dá mais credibilidade ao comentário.
Obrigada na mesma.
Acabei de o ler. A D O R E I.
Ele é um grande escritor! :)))