A Vidente de Sevenwaters (Sevenwaters #5)
Juliet Marillier
Editora: Grupo Planeta
Sinopse: Sibeal entregou-se desde cedo à vida espiritual. Desde nova que sabia que a sua vocação era ser druidesa. Contudo, antes de cumprir os seus votos, Ciarán, o seu mestre, convence-a a passar o verão em Inis Eala, ilha onde estão a morar as suas irmãs com os seus maridos.
Apesar de contrariada, Sibeal acede ao pedido do mestre. Contudo, pouco tempo depois de chegar dá-se um terrível naufrágio perto da ilha. Apenas duas pessoas são resgatadas do mar, um homem e uma mulher. Graças ao seu dom da Visão, a jovem cedo percebe que existe um terceiro sobrevivente, e arrisca a própria vida para o recuperar.
Desde este incidente, que os habitantes de Inis Eala sentem que algo de grave está para acontecer. A verdade vai ficar oculta por muito tempo mas, à medida que é descoberta, faz com que protagonista faça uma viagem interior e perceba quem realmente é e quais as suas intenções.
Opinião: Para os leitores de Juliet Marillier, penso que o posso dizer sem cair em erro, o mundo de Sevenwaters será sempre especial. Os três primeiros livros, inicialmente a trilogia original, marcaram-nos de tal maneira que se por um lado a existência da continuação nos excitava, também nos fazia temer pelo rumo que a história podia tomar. A Vidente de Sevenwaters é o quinto livro deste mundo tão genuíno e mágico criado pela autora e os meus sentimentos em relação ao mesmo foram um misto de contradições com deslumbramento.
Sibeal é descendente da longa linhagem de Sevenwaters e, como tal, traz no seu sangue a sensibilidade aos elementos e aos deuses. Desde criança que é mais perspicaz e mais inteligente do que a média e rapidamente mostra uma grande vocação para servir os propósitos dos seres superiores. Com a mestria de Ciarán, Sibeal desenvolve os seus talentos de forma inigualável e prepara-se finalmente para assumir os seus votos em pleno. Falta-lhe apenas uma experiência – passar o Verão com as suas irmãs em Inis Eala, a ilha dos grandes guerreiros formados por Bran.
E tudo podia ter corrido como previsto, sem grandes sobressaltos, se não fosse o tal terceiro sobrevivente da horrenda tempestade que assolou a ilha. Este rapaz sem nome, sem memória, sem qualquer identidade e enfermo, irá mudar para sempre o rumo da vida de Sibeal, quer ela queira e esteja preparada ou não.
Uma história diferente da que estamos habituados, num ritmo mais lento, numa tentativa de aumentar a aura de mistério. A narrativa vai oscilando entre as duas vozes – Sibeal e Felix. O romance entre os dois é pontuado pelo tom trágico com que a autora já nos habitou anteriormente e, ainda que não sendo ao nível de pares anteriores, consegue enternecer o leitor.
Outro novo factor é a introdução da mitologia Selkie, que ainda não tinha visto em nenhuma das suas obras anteriores. O enredo criado à volta destas criaturas é interessante, sendo mesmo a linha condutora de toda a história.
Custa-me um pouco não dizer maravilhas de um livro de Sevenwaters porque, apesar de estar longe de ser um mau livro, estando inserido nesta série que é tão acarinhada pelos fãs da escritora sabe a pouco. Falta aquele acelerar da pulsação, aquele batimento cardíaco imparável, aqueles sorrisos e lágrimas que arrebatam o leitor. Digo isto, não obstante de o ter lido rapidamente. Como referi, o livro não é mau e é sempre bom rever personagens que nos são tão queridas e em A Vidente de Sevenwaters somos levados a recordar imenso do que aconteceu na trilogia que convergiu nos acontecimentos actuais.
Não sendo uma obra prima, é um livro que se lê bem, com uma bonita história de amor que se foca na luta entre o dever e as emoções, que reaviva eventos passados e nos deixa nostálgicos. O sexto livro da séria A Chama de Sevenwaters já se encontra à venda e conto lê-lo brevemente, curiosa sobre o que ainda está para vir.
Comprar: http://www.wook.pt/ficha/a-vidente-de-sevenwaters/a/id/10984397/?a_aid=4ff9b52ae36d3
Olá Morrighan. Concordo plenamente contigo. Gostei do livro, mas não é o meu favorito. Estou neste momento a ler "A chama de Seventwaters" e estou a gostar bastante. Só queria fazer um comentário. Penso que a Sibeal não é descendente da Aranwen, feiticeira essa que surge nos livros da Sandra Carvalho. 🙂 Beijinhos Patrícia
Ela não é filha do Sean, que é irmão da Liadan, logo descendente dela? Tenho de confirmar isso, senão é uma falha grave 😛
São tantas gerações que estava mesmo convencida disso 😡
Obrigada pelo comentário, Patrícia! Beijinhos e boas leituras!
Ela é filha do Sean, sim, que é filho da Sorcha, que é filha do Lord Collum…já não me lembro quem é a mãe, mas o nome Aranwen, que eu me lembre (e acabei de ler a "Sombras da Noite Branca" sa Sandra Carvalho) é da saga das pedras Mágicas… Não te preocupes que eu às vezes também me confundo 🙂
Sabes, acho que quem confundiu fui eu. Já não me consigo lembrar da ancestral de Sorcha. Aranwen é de facto da Sandra Carvalho. Já corrigi na opinião! Que gralha descomunal x(
Obrigada!