“São os segredos que consomem, lentamente, todo o nosso ser. Por vezes, são como combustível à espera de um fósforo, libertando-os, deixando que se espalhem, aquecendo por onde passam ou apenas destruindo.
O meu segredo és tu; a forma como me olhas e eu retribuo, o magnetismo com que através do olhar fazemos promessas para mais tarde. Sei que ninguém pode saber, que é proibido, que o impacto que causaria não nos traria nada de bom. Sinceramente não me importo. Gosto assim. Só eu sei de ti e só tu sabes de mim, e toda a ânsia que se acumula enquanto temos de representar o papel de meros desconhecidos acaba por explodir, a cada encontro a sós, numa intensidade de toques e beijos e corpos enrolados um no outro sem precedentes.
Não há cadência com o passar do tempo, há sim uma emergência cada vez maior de que chegue um fósforo que faça explodir todo este secretismo e que nos mostre ao mundo. Que aqueça ainda mais os nossos corações e que nos liberte das amarras. Porque, apesar de proibido, nada seria mais doce do que sermos um em qualquer instante, em qualquer lugar.”
Morrighan 29/09/2013 – 21:08
lindo!! a tua escrita embala.
beijinho e continua 🙂
Obrigada Maria :))
Beijinho*