Diaphanous Gaze é o single de estreia deste EP, que já toca na Antena 3 e que tem estado nas escolhas do radialista Rui Estêvão, mas que também já marcou presença na RUC e na RUM. Para muitos, poderá ser uma surpresa este destaque, mas para mim é apenas sinónimo de que o que é belo e tem qualidade está a ser reconhecido. Com as suas características, e sendo a última faixa de Ouija, acaba por representar uma espécie de final de viagem, mas que deixa a desejar o início de um novo começo. É como um culminar de todas as emoções até agora acumuladas, que se pretendem expulsar num último fôlego de êxtase, expurgando fantasmas, preparando-se para seguir em frente. É uma faixa muito bonita, com uma aura sedutora inegável.
Talvez seja uma interpretação demasiado, mas Ouija, para mim, é o resultado de um trabalho muito mais complexo do que possa parecer, inicialmente, prestando atenção apenas à composição técnica de cada música. Tudo conjugado, a componente electrónica com a vocal, incluindo ecos e distorções, envolve o ouvinte num ambiente de luxúria, prazer, magnetismo, mas também uma boa dose de tormenta, de uma sensação de insatisfação e de aperfeiçoamento. Os meus sinceros parabéns por uma estreia tão audaz e consistente.
Underneath the nightmare
beacons a blinding light
I took them apart
insomnias ago,
and now..
Still getting the way of
a sun melted mirror
it’s like i don’t belong
inside of this ghost.
Underneath the nightmare
beacons a blinding light
I took them apart insomnias ago,
and now..
still getting the way of
a sun melted mirror
it feels dearly wrong
so it’s time to go
walking fast, are we there yet?
two steps to go
two steps to go
my love.