Nesta playlist fiz um resumo de canções editadas em 2015, que pessoas de que gosto me mostraram, alguns diriam que por ser um eterno altruísta, outros por ser apenas preguiçoso, abstenho-me de tomar partido.
Vamos lá então a esta aventura:
Canção 1:
Baio – sister of pearl
É um dos vampire weekend. Eu gosto muito deles e nunca pensei que este particularmente fizesse algo a solo, parecia-me assim calminho, excelente lição de como as aparências iludem. O vídeo é tão bom adorava um dia protagonizar um assim para thunder & co.. Se isso algum dia vier a acontecer e algum espertinho disser que copiei, nego tudo.
Canção 2:
Ezra Furman – lousy connection
O Rui Maia dos X wife / Mirror People partilhou esta soberba canção, o disco é todo maravilhoso e eu agradeço-lhe por o me ter dado a conhecer. A imagem do Ezra Furman é super gira, ele usa baton, eu também às vezes, menos do que gostava. Se algum dia algum espertinho me vir a usar baton e disser que copiei nego tudo.
Canção 3:
Hot chip – Easy to get
Os hot chip são uma das minhas bandas favoritas. A verdade é que este último disco é tão bom como os anteriores e os desgraçados continuam a fazer baladas incríveis, fogo, quando se faz uma balada sobre frango e vinho branco só podem ser géniozinhos.
O meu colega de banda Rodrigo Gomes e eu, cantámos muito esta canção no carro, todos divertidões este verão enquanto palmilávamos o país a dar concertos.
É genial, parece prince e destinys child, depois fica toda escura e dance, enfim…
Canção 4:
PZ – neura
É tudo maravilhoso. Musicalmente esta canção é estupidamente bem feita, é elegante e tão bem gravada. Na voz e na escrita roça ao perfeito. A minha mãe quando está irritada agora canta que está com a neura, isso para mim é enternecedor e sinal que está aqui um trabalho fora de série.
Canção 5:
Pega Monstro – Branca
“melhor banda nacional dos últimos 10 anos” – Autor desconhecido mas atraente
Canção 6:
Mirror people – Look out
Acaba por ser a segunda vez que falo de Rui Maia, mas que fazer, esta canção é óptima, mesmo mesmo, as vozes são de cair, portanto olha, não há nada a fazer. Aproveito para contar uma história sobre Rui Maia. Estava ele uma vez numa discoteca, já no final da noite, a passar discos, e estava um cão na pista impávido e sereno, até que às tantas o Rui decidiu por o she wants to move dos N.E.R.D. para ver se reagia, e o cão na mesma ficou.
Se isto não diz muito sobre uma pessoa e a sua obra não sei o que possa dizer.
Canção 7:
Nicolas Godin – Orca
É uma parte do duo Francês Air, o vídeo é tão, mas tão giro, e a canção também, é tudo tão elegante e bem feitinho, dá-me vontade de viver dentro do vídeo.
Canção 8:
Benjamin Clementine – London
Esta foi a minha mais que tudo, minha cara metade, bonita e com bom gosto de excepção que me deu a conhecer. É fora deste mundo este artista. Depois de consumir e consumir o disco tive o privilégio de o ver no super bock super rock e foi inacreditável. São muito raros os deste calibre. Pelo que sei volta cá agora no final do ano a Lisboa, quem não for perderá muito, eu vou, podemos ir beber um copo a seguir todos.
Canção 9:
Blur – ghost ship
Deliro com os blur desde 1993, tinha 13 anos e buço. Ainda tenho buço, que é deprimente, e ainda deliro com eles que não é nada deprimente. Tenho muitas vezes o pânico da pertinência do trabalho criativo à medida que se envelhece, porque a norma é com a velhice as pessoas ficarem datadas e seca. Este ano voltei a vê-los ao vivo e assustou-me e tranquilizou-me, ao mesmo tempo, ver os agora miúdos adolescentes no pavilhão atlântico a abarrotar, a cantar tudo o que eles absurdamente bem tocaram.
Deu-me muito alento. Este disco é tão bom que dá vontade de chorar, e esta canção em particular é linda linda, está no top das minhas as canções que podiam tocar no meu funeral. Estão todos convidados.
Viva a vida!
Faltava uma para as 10, mas ficamos pelas 9. Alguns diriam que é porque sou um eterno conceptual pós-moderno, outros porque sou preguiçoso, estes últimos têm razão.
Espero que tenham gostado desta pequena lista que aqui vos apresento, deixem os vossos comentários a elogiar-me, serão lidos e absorvidos com um sorriso como aquele emoji que tem a dentuça toda à mostra.
Bem haja à Sofia, que aqui entre nós, nos fez a mais interessante entrevista do ano.
Beijos deste que vos quer bem,
João Sebastião Meireles de Araújo Teixeira
Há malta que conheço com o blogue que realmente fica na memória. Não só pelo talento, mas pela personalidade, pela postura, pela forma como também mostram respeito por mim e pelo que vou fazendo aqui no BranMorrighan. Não me consigo esquecer que quando fui entrevistar os Thunder & CO. – o Sebastião e o Rodrigo – a conversa começou no sentido inverso, com o Sebastião a fazer-me perguntas sobre o que eu fazia e até a discutir comigo os projectos que eu tinha em mãos na investigação. Não me levem a mal, mas não estou assim tão habituada a que o interesse naquilo que faço seja assim tão genuíno, mas foi. Acabou por ser tudo tão interessante, descontraído e honesto que realmente foi das entrevistas que mais gostei de fazer. E não digo isto pelo que o Sebastião disse – obrigada, obrigada, obrigada! -, eu gosto mesmo muito deles. Usufruam da Playlist que está bem bonita e já agora sigam-nos também aqui: https://www.facebook.com/ThunderAndCo
Obrigada, Sebastião!