[Playlist da Quinzena] 1 a 15 de Setembro de 2016 – As Escolhas de Hélio Morais

Fotografia Vitorino Coragem

Há três anos atrás dava os primeiros passos no universo da música com uma entrevista ao Hélio Morais, dos Linda Martini, Paus, entre outras, agora também agente do HAUS. Sempre foi um artista que admirei pelo seu talento, força e presença – ainda para mais tinha um blogue com textos originais – e na altura decidi arriscar. Passado este tempo todo e depois de uma breve interrupção, quis voltar às Playlists da Quinzena precisamente com ele. É uma espécie de mini-aniversário da entrada da música no blogue. Deixo-vos com a sua playlist e com o seu texto! Obrigada, Hélio, por teres aceite ser dos meus primeiros entrevistados e, agora, pela playlist!

A Sofia convidou-me para fazer uma playlist.

Como não ouço muita música avulsa – ainda sou dos que gostam de ouvir discos inteiros e, de preferência, ter que levantar o cu do sofá para os virar de um lado para o outro -, acabei por escolher canções que, de alguma forma, se contaminam umas às outras no meu imaginário.

Também tem o pormenor curioso de ter sensivelmente o mesmo tempo que o disco que mais tenho ouvido este ano – “Têm os dias contados”, dos Capitão Fausto.


1 – “Condolence” – Benjamin Clementine

2 – “3 Gymnopédies: Gymnopedie No.1” – Erik Satie, Klara Kormendi

3 – “Semana em semana” – Capitão Fausto

Este primeiro bloco faz-me todo o sentido.

O Benjamin fez-me ir buscar as coisas do Erik Satie de novo e, em conversa com o Domingos – Capitão Fausto -, sobre a “Semana em semana”, acabámos a falar dele e de uma série de outros compositores.

O Benjamim Clementine demorou a entrar em minha casa, simplesmente porque sim. Há artistas/bandas que gosto de descobrir depois de todos o terem feito. Gosto de não ter nada para dizer, de vez em quando. E, quando entrou, foi por mero acaso; estava a ver um telejornal qualquer e a entrevista que ele estava a dar acabou por me cativar no sentido de ver o programa até ao fim. E ainda bem, porque foi assim que descobri esta canção enorme.

Depois disso pus-me a descobrir o disco todo e, de seguida, acabei a vasculhar, de novo, as composições do Erik Satie.

A “Semana em semana” é a minha canção preferida do último de Capitão Fausto. Adoro a linha de piano e o baixo!

4 – “E às vezes dou por mim” – Cristina Branco

5 – “A casa do Manel” – B Fachada

Partindo de Capitão Fausto, resolvi continuar nas canções portuguesas, em português.

E estes são dois dos meus letristas contemporâneos preferidos.

A primeira canção tem letra do André Henriques – Linda Martini -, o músico com quem toco ininterruptamente há mais tempo – desde 1999. Recordo-me de me mostrar a letra, e a melodia, sensivelmente na mesma altura em que estávamos a acabar o “Bom partido”, de Linda Martini. Despida, como a ouvi, podia perfeitamente encaixar num disco nosso, mas gostei bastante da volta que levou e da forma como se cristalizou.

A segunda música deste bloco é do B Fachada e é das minhas preferidas para as viagens de volta a casa, depois de um dia bem passado na praia. É uma das minhas predilectas de todo o seu repertório.


6 – “Untitled 03 05.28.2013.” – Kendrick Lamar

7 – “The Dead Dog” – Portugal. The Man

8 – “Sweet home Alabama” – Lynyrd Skynyrd

Estas três músicas não têm quase nada em comum, à primeira vista.

Mas a mim fazem-me sentido juntas.

E a culpa é dos Portugal. The Man.

É a banda de quem mais vinis tenho. Desde 2007 que os conheço e sempre me impressionou o facto de fazerem um disco por ano, até aos últimos dois. Foram mudando, de disco para disco, mas mantendo sempre coerência. Foram mudando, essencialmente, no bpm. Uns discos têm uma cadência mais próxima do ritmo do coração e, por isso, mais colada ao Hip Hop, e outras têm uma balanço mais chegado ao rock dos anos 70. E é assim que junto estas três canções.

A de Portugal. The man é o mote, a de Kendrick Lamar chega-me pelo que o lado mais Hip Hop da banda me relembra e a de Lynyrd Skynyrd pelos anos 70, também presentes nos seus discos. E se ouvirem esta música de Lynyrd Skynyrd também vão perceber melhor o Kurt Vile.


Espero que gostem.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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