das vezes que olhos para a janela,
relembro aquele fim de tarde,
em que as tuas palavras caíram que nem uma bomba.
ao meu redor, senti o fogo de um coração assoberbado e acelerado.
os meus olhos, vermelhos de excitação, não se conseguiam concentrar.
ler entre as linhas tortas.
por fim respirei.
estremeci.
relembrei aquele abraço, aquele cheiro, aquele beijo.
aquele fechar de porta.
guarda-me contigo
até a lua desaparecer
até eu chegar aí para te abraçar.
Ana Cláudia Silva