Fevereiro é mês de Black History Month nos Estados Unidos e no Canadá, mas dado que não temos um mês instituído em Portugal decidi publicar na mesma sobre este assunto, já que o considero muito importante. Há uns tempos atrás partilhei alguns posts de incentivo a explorarmos a diversidade cultural e de género através da leitura e penso que não existe melhor ponto de partida do que esse para honrarmos o Black History Month.
O Black History Month é também conhecido como Afro-American History Month e começou como uma forma de relembrar pessoas e acontecimentos importantes na história da diáspora africana. A semente foi lançada nacionalmente nos Estados Unidos em 1926 quando o historiador Carter G. Woodson e a Association for the Study of Negro Life and History anunciaram que a segunda semana de Fevereiro seria a “Negro History Week”, pois essa seria também a semana de aniversário de Abraham Lincoln (12 de Fevereiro) e de Frederick Douglass (20 de Fevereiro) . Foi só no início de 1970 que se viria a celebrar o primeiro Back History Month tendo sido reconhecido oficialmente seis anos depois pelo presidente Gerald Ford.
Desde então (1976) cada presidente tem reconhecido um tema diferente a cada ano e o tema da Black History Month 2021 é “Black Family: Representation, Identity and Diversity” explorando a diáspora africana e como é que as famílias se espalharam pelos Estados Unidos. Convido-vos a visitar https://www.africanamericanhistorymonth.gov para mais informações.
Do meu lado, mais do que ter um mês para criar uma maior consciencialização pela sua história, na verdade lancei-me o desafio a mim mesma de tentar ler um livro BIPOC por mês. Não sei bem se será possível, dado que mal consigo ler o que preciso a nível científico, mas pelo menos os dois próximos livros já estão definidos: Homegoing, de Yaa Gyasi e O quarto de Giovanni, de James Baldwin. Já comecei a ler o primeiro e as primeiras páginas são logo de uma descrição tão fenomenal. É, sem dúvida, uma leitura promissora. Já James Baldwin tenho-o no coração desde que li o impactante “Se esta rua falasse” e achei que estava na hora de ler outro livro seu.
Se tiverem mais sugestões, por favor deixem-nas na caixa de comentários! É fundamental ganharmos maior sensibilidade ao passado de todas as culturas para podermos compreender o presente e lutar por um futuro melhor, mais empático e solidário.