Começo hoje – vai o mês de Agosto no seu vigésimo terceiro dia – um grande e novo desafio.
Escrever, só por si, é um acto de pavor e o acto de escrever esvazia – talvez o termo certo seja “esvazia-me” – a mente do que esta tem para dizer. Não é uma tarefa que me flua facilmente, um sincronismo mente-papel com algumas falhas no processo. Não que seja desprovida de conteúdo, pois muito é o que desejo dizer ao mundo – um muito mundo meu que anseio por fazer transpor das barreiras auto-impostas do meu Eu.
Começo hoje um grande e novo desafio: escrever. E não de uma forma qualquer. Escrever duma forma regular e constante, impondo-lhe uma certa obrigatoriedade – obrigando as palavras a formarem-se num encadeamento, aprendendo a moldá-las em frase, como as mãos que dão forma ao barro.
Começo hoje um grande e novo desafio: a libertar-me através das palavras.
E tenho medo.
joanapontoneto