Opinião: ‘Uma Espécie de Sentido’ de João Pedro Duarte

Uma Espécie de Sentido

João Pedro Duarte

Editora: Esfera do Caos

Sinopse: Se «A Casa do Sonho Pagão» foi a obra de estreia de um autor carregado de talento, este livro revela-nos uma nova faceta de João Pedro Duarte: a sua capacidade para escrever uma história empolgante, cheia de ritmo e vivacidade, que conjuga a ficção científica e o thriller com a paixão!

Uma profecia humorística sobre uma sociedade matriar­cal no século XXII.

Depois da epidemia da gripe, da destrui­ção da camada de ozono e das doenças psicológicas mortais, surge a esterilidade masculina a ameaçar a raça humana. As mulheres desta Era estão nos lugares de poder e, mais habi­litadas e resistentes, são obrigadas a salvar a humanidade sozinhas.

Miriam, médica, e David, faxineiro, cruzam-se no labo­ratório que mantém em cativeiro o último casal fértil. O romance promete e continua no Clube dos Corações Partidos. Mas o rapto do recém-nascido por um pedófilo desencadeia uma reviravolta no destino da História!

Será que chegaram os dias do Apocalipse, ou os heróis descobrirão o sentido da vida na nossa espécie?

Opinião: Após a leitura de A Casa do Sonho Pagão a minha curiosidade sobre esta obra foi inevitável. Numa escrita descontraída e humorística, João Pedro Duarte traz até nós um livro que se lê de um único fôlego e que nos faz soltar umas quantas gargalhadas.

É uma história de encontros e desencontros, sendo o amor o tabu predominante. Sendo esta uma sociedade matriarcal em que os homens apenas servem para as tentativas de procriação, – e mesmo assim tão terríveis a fazê-lo, pois a maioria é estéril – o amor não tem lugar no seio dos sentimentos das mulheres.

O rapto do recém-nascido por parte de um pedófilo, ex-apresentador e ex-presidiário relembrando alguém demasiado familiar ao público português, acaba por dar um certo abanão à história levando os nossos protagonistas a percorrerem caminhos bastante distintos.

A escrita do autor faz-nos lembrar os guiões de cinema ou de teatro, com bastante diálogo e linguagem informal. Apesar de ser uma leitura leve e até agradável, confesso que não senti aquela empatia/ligação com nenhuma personagem em especial e por isso talvez não tenha dado o devido apreço à obra.

Relembro que João Pedro Duarte é o autor de A Casa do Sonho Pagão e também um dos autores de Já Não Se Fazem Homens Como Antigamente. Vale a pena descobri-lo.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

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