O Que não É Teu não É Teu
Helen Oyeyemi
COLEÇÃO Ficção Traduzida
ISBN 9789898849830
PÁGINAS 288
Mas, sempre que entro naquela maldita casa, corro o risco de sair de lá doido. Por causa das portas. Nem sequer se mantêm fechadas, se não estiverem trancadas à chave. E, depois de as fecharmos, ouvimos sons vindos detrás delas; sons que convencem uma pessoa de que deixou alguém encarcerado lá dentro. Mas, quando não fechamos as portas à chave, elas ficam meio abertas, permitindo-nos olhar para a divisão seguinte, dando-nos a ideia de que está alguém a segurá-las de propósito.
LIVRO
A chave para uma casa, a chave para um coração, a chave para um segredo – chaves, literais e metafóricas, que não se limitam a abrir momentos das vidas das suas personagens; estas chaves prometem-nos também os difíceis labirintos que se estendem para lá disso.
Os contos de Helen Oyeyemi, lembrando contos de fadas, lições de História, mitos e lendas, vivem numa multiplicidade de tempos e paisagens, fazendo com que as fronteiras de realidades coexistentes se toquem, transformando ladras em heroínas, homens moribundos em pais, e criando bibliotecas de rosas e jardins de livros.
Em O Que não É Teu não É Teu, todas as chaves são portas, oferendas e um convite à descoberta de um universo onde a beleza poderá, talvez, existir.
AUTORA
Helen Oyeyemi é uma das grandes revelações da literatura africana e inglesa dos últimos anos. Nascida em Ibadan, na Nigéria, em 1984, cresceu no sul de Londres, para onde os seus pais se mudaram. Como a também nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, sempre viveu entre dois mundos, o das suas raízes e o da sua formação académica e literária. Os livros que escreve, as histórias que inventa, os universos que convoca espelham essa pluralidade.
O talento literário de Oyeyemi deu-se a conhecer cedo. O primeiro romance, The Icarus Girl, foi escrito quando ainda frequentava o ensino secundário. Publicou-o em 2005, aos 21 anos, dando início a um percurso fulgurante. Assinou duas peças (Juniper’s Whitening e Victimese) que, levadas à cena pelo grupo de teatro do Corpus Christi College de Oxford, onde cursou Ciências Sociais e Políticas, rapidamente chamaram à atenção da crítica especializada.
A The Icarus Girl, já traduzido em 16 idiomas, seguiram-se os romances The Opposite House (2007), White Is for Witching (2009), Mr Fox (2011) e Boy, Snow, Bird (2011). Distinguida, em 2010, com o Prémio Somerset Maugham e, no ano seguinte, com o The Hurston/Wright Legacy, foi considerada, em 2013, pela revista Granta, uma das melhores jovens escritoras inglesas.
IMPRENSA
«O mundo ficcional de Oyeyemi é cintilante e excêntrico, uma “implosão de memória”, como diz uma das suas personagens.»
The New Yorker
«Transcendente. Oyeyemi criou um universo que deslumbra e fere.»
The New York Times Book Review
«Perfeito… Mais uma obra-prima de uma autora que parece ser incapaz de escrever algo que não seja brilhante.»
NPR