Opinião: “A Casa da Floresta” de Marion Zimmer Bradley

A Casa da Floresta
Marion Zimmer Bradley

Sinopse: Dentro dos muros da casa da Floresta, numa remota região da Bretanha, um círculo secreto de sacerdotisas Druídas preserva os antigos rituais de aprendizagem, cura e magia contra o Império Romano.
Na sua vizinhança, a jovem Eilan, nascida numa família impregnada pelos conhecimentos dos Druidas, amadurece em direcção à sua plena condição de mulher e ao florescimento de uma força interior com a qual dificilmente se atreve a sonhar. Ouve, já, o chamamento da Grande Deusa – e será ela a cerimonialmente escolhida como a nova grã-sacerdotisa. Mas antes, Eilan ouve outra voz – a do seu amor pelo jovem romano Gaius Macellius, cuja missão é submeter a sua terra nativa e todos os seus costumes. A guerra que devasta o íntimo de Eilan, que tem de renunciar ao seu amado em favor do seu destino sagrado, espelha a turbulência da época… e será apenas ela a poder encontrar o caminho para fora da encruzilhada na qual a sua fé a colocou.

Opinião: Nesta obra, MZB conta a história dos Druidas e das Sacerdotisas antes de Avalon se tornar o seu lar. Anos após o massacre da ilha de Mona (relatado no livro – Os Corvos de Avalon), os Druidas e as mulheres sagradas refugiaram-se em Vernemeton, “o Bosque mais Sagrado”, e para que os romanos os deixassem em paz, foi preciso que as sacerdotisas tivessem o estatuto de virgens sagradas. Corriam os primeiros anos da era cristã, a ocupação romana da Bretanha era ainda muito recente e os ânimos ainda muito exaltados. É nesse ambiente que vive Eilan, uma jovem que sonha ir para a Casa da Floresta e tornar-se sacerdotisa da Deusa. No entanto, entra na sua vida Gaius, um jovem meio romano, meio bretão, e o seu amor proíbido será o centro da história. A pesquisa histórica efectuada pela autora foi, no meu entender, bastante completa. Somos introduzidos nos mundos Celta e Romano com um à-vontade espantoso, quase visualizamos as casas, as árvores, as pessoas, e quase podemos cheirar o fumo das fogueiras sagradas ou o incenso dos templos. A descrição das batalhas está fantástica. Os factos históricos são enredados na lenda e na ficção, de modo que quase não conseguimos distingui-los.
Um livro apaixonante, que nos faz vibrar, com personagens fortes e destemidas que lutam por aquilo que acreditam, mesmo quando tudo parece correr mal.

Nota: Para que não hajam dúvidas, a ordem temporal dos livros é: A Queda da Atlântida – Os Corvos de Avalon – A Casa da Floresta – A Senhora de Avalon. Penso mesmo que deverão ser lidos por esta ordem dado que se vai falando de gerações de sacerdotisas que se vão prolongando de livro para livro.

Classificação: 8.5/10

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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