Deuses Americanos
Neil Gaiman
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea
Nº de Páginas: 496
Sinopse: Sombra, acabado de sair da prisão, aceita trabalhar para um estranho, o Sr. Quarta-Feira, que não é nada mais nada menos que a encarnação de um deus antigo. Por estarem a ser ultrapassados por ídolos modernos, os deuses antigos encontram-se em vias de extinção, e Sombra e Quarta-Feira têm de reunir o maior número de divindades para se prepararem para o conflito iminente que paira no horizonte. Mas esperam-nos inúmeras surpresas… Bestseller distinguido com diversos prémios, Deuses Americanos é uma aventura onde o mágico e o mundano, o mito e o real, caminham lado a lado, levando-nos numa viagem repleta de humor ao extraordinário potencial da imaginação humana.
Opinião: O “The Washington Post” diz: «Mistério, sátira, sexo, horror, prosa poética – Deuses Americanos usa todos estes elementos para manter o leitor suspenso no texto.» e eu não podia concordar mais. De Neil Gaiman ainda só tinha lido “A Estranha Vida de Nobody Owens“, mas se nessa obra eu passei a respeitá-lo e a admirá-lo, Deuses Americanos só veio fortalecer e ainda enaltecer todas as opiniões que eu pudesse ter sobre o autor.
Esta obra é diferente e magnífica, principalmente pelos paralelismos e analogias feitas entre o passado e o presente através dos Deuses. Num mundo cada vez mais consumista e cada vez menos devoto a qualquer tipo de religião ou crença, temos aqui uma luta entre os Deuses Antigos (dos mais variados panteões) e os Deuses Modernos (dos computadores, da moda, etc.) onde a lealdade e a traição mostram-se fundamentais para o desenlace da trama.
Sombra e o Sr. Quarta-feira são duas personagens espectaculares. Gaiman foi um autêntico arquitecto. Desde todo o enredo, às relações entre as personagens, aos cenários descritos, nada ficou por explorar e ainda teve o condão de, por mestria, nos prender à narrativa. Gostei do pormenor de a mesma oscilar entre o tempo actual e alguns interlúdios onde vamos conhecendo as histórias dos Deuses mais antigos, como chegaram à América e como eram venerados na altura.
A leitura mostrou ser uma aventura à imagem das “road trips”, tão famosas, feitas pelos americanos e pelas nossas duas personagens principais, Sombra e Quarta-feira.
Um livro fantástico, que nos prende do início ao fim. Adorei e Recomendo sem sombra de dúvida.
Neil Gaiman no seu melhor! Ainda não li um livro dele que não tivesse gostado.
Neil Gaiman está-se a tornar numa referência para mim.
Pelo que li do comentário cometi o crime de ainda não ter lido nada deste autor…
Um erro que depois desda crítica pretendo compensar!
É muito bom poder contribuir com sugestões de bons autores e acredita que este é um daqueles que é mesmo um pecado ainda não ter lido nada.
Eu descobri-o há muito pouco tempo, e por vezes ainda me questiono como demorei tanto tempo a lê-lo 🙂
Boas leituras!
admito que fiquei muito curiosa….=)
Adoro Neil Gaiman! Curiosamente, li aqueles que tu não leste: Stardust e Coraline. Se os quiseres ler já sabes:)…
Muito Obrigado Jojo!
Neste momento estou como tu.. Muitos na pilha e pouco tempo para os ler 😐
Grande beijinho*