Opinião: ‘O Prisioneiro da Árvore’ (As Brumas de Avalon #4) de Marion Zimmer Bradley

O Prisioneiro da Árvore (As Brumas de Avalon #4)

Marion Zimmer Bradley

Editora: Saída de Emergência

Colecção: Bang!

Sinopse: O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.

No derradeiro volume deste clássico, Morgaine vai ao encontro do seu destino que a coloca contra Artur – o seu amante, irmão e agora inimigo. Ao regressar a Camelot durante o Banquete de Pentecostes, Morgaine acusa Artur de comprometer a coroa, e exige que este lhe devolva a espada mágica Excalibur.

Mas Artur recusa e Morgaine tenta de tudo para o travar, nem que para isso tenha que usar as pessoas que ama para o desafiar. Quando Avalon se sente traída por Artur, Morgaine invoca a sua magia para lançar os companheiros de Artur numa demanda pelo cálice sagrado.

Os eventos escapam ao controlo de todos quando Lancelet regressa e sucumbe de novo à sua paixão por Gwenhwyfar. Mas o Rei Veado tem assuntos mais importantes como a guerra decretada por Mordred que pretende usurpar o trono de Camelot.

Conseguirá o mundo de Avalon sobreviver ou será forçado a desaparecer nas brumas do tempo e memória?

Opinião: Finalmente chega até nós o quarto e último volume da maravilhosa obra que é As Brumas de Avalon. Ao longo dos últimos três livros, temos vindo a acompanhar a história do grande rei Artur, da sua irmã Morgaine, do seu companheiro Lancelet e da rainha Gwen. No fim d’O Rei Veado a tensão era palpável. Artur virou costas ao seu juramento a Avalon e até o próprio Kevin é dado como traidor.

O Prisioneiro da Árvore é uma obra intensa. A tentativa de ressuscitar os antigos costumes e de preparar um novo Rei Veado, por parte de Morgaine, faz-nos lembrar os tempos pacíficos em que Avalon reinava, mas sabemos que dificilmente ela conseguirá os seus propósitos. Entretanto, a fé do Deus cristão cresce e espalha-se, qual erva daninha, toldando a visão dos homens, tornando-os intolerantes em relação a outras crenças.

Serão mesmo todos os deuses um único deus? Ou haverá uma separação realmente real entre o Deus de Cristo e a Deusa de Avalon. Dizem que o próprio José de Aritmeia foi educado em Avalon e lá deixou o seu cajado que deu origem ao Espinheiro Sagrado. Conseguirá o homem, ou a mulher, ter realmente controlo sobre o destino que lhe aguarda?

Este é dos meus volumes preferidos. Acaba por reflectir todo o percurso da humanidade em termos de crenças e até mesmo de discussões teológicas ao longo dos últimos séculos. Centrado no ponto de vista feminino, e porque antes da nova fé se ter estabelecido, a mulher tinha um papel preponderante na sociedade, a autora leva-nos pela mão através de cenários que nos fazem sentir todo o tipo de emoções. Amor, carinho, traição, revolta e uma sensação de impotência perante os desígnios que fogem ao nosso controlo.

A escrita da autora é envolvente e mágica. As personagens, de intensidade já conhecida, atravessam agora uma fase em que caminham para o declínio, mas ainda assim mantém-se fiéis a si mesmas. O que será do Rei Veado quando o jovem veado crescer? Finalmente temos a resposta a esta pergunta.

Uma obra emocionante e que deixa, sem dúvida, a sua marca no leitor.

Opinião dos restantes volumes:

O Despertar da Magia – https://branmorrighan.com/2012/02/opiniao-senhora-da-magia-as-brumas-de.html

A Rainha Suprema – https://branmorrighan.com/2012/06/opiniao-rainha-suprema-as-brumas-de.html

O Rei Veado – https://branmorrighan.com/2012/09/opiniao-o-rei-veado-as-brumas-de-avalon.html

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Inês Santos
Inês Santos
11 anos atrás
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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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