A Partir de Uma História Verdadeira
Delphine de Vigan
Ano de edição ou reimpressão: 2016
Editor:Quetzal Editores
Idioma:Português
Dimensões:150 x 235 mm
Encadernação:Capa mole
Páginas:400
Classificação:Romance
LIVRO
A história é contada na primeira pessoa, com Delphine, a narradora, como uma das duas personagens. Todos os nomes são de pessoas reais: o da autora/narradora, o dos filhos, do namorado… A história é aparentemente autobiográfica e, no entanto, torna-se a certa altura um jogo de espelhos, em que é difícil discernir entre realidade e ficção. Nada previsível, cheio de surpresas, com um suspense crescente (chega a ser atemorizante), mantém o leitor literalmente agarrado até ao fim(*). Delphine crê que a sua incapacidade de escrever terá coincidido com a entrada de L. na sua vida. L. é a mulher perfeita que Delphine gostaria de ser: muito bonita, impecavelmente cuidada, de uma grande sofisticação e inteligência. L. está também ligada à escrita – é escritora-fantasma. L. insinua-se lenta mas inexoravelmente na vida de Delphine: lê-lhe os pensamentos, adivinha-lhe os desejos e necessidades, termina-lhe as frases, torna-se totalmente indispensável – é a amiga ideal. Mas, aos poucos, sabemos que ela conseguiu isolar Delphine (afastando toda a gente), que lhe lê os diários, a correspondência, que se faz passar por ela! E quer demover Delphine de escrever o livro que esta está a preparar, obrigando-a a escrever a obra que ela (L.) quer: Introduz-se, assim, na vida da amiga de forma insidiosa, permanente, por fim violenta, controlando tudo. É aqui que há um volte-face na intriga – até aí muito perto do real – e uma possibilidade autobiográfica. O fim é maravilhosamente surpreendente. O seu livro anterior, Rien ne s’oppose à la nuit, em que conta a história da mãe, vendeu cerca de um milhão de exemplares em França e teve vendas na casa das dezenas de milhares em Espanha.
AUTORA
Vive em Paris. Aplaudida pela crítica e consagrada pelo grande público, é autora de vários romances, entre os quais Nô e Eu, que venceu o Prémio dos Livreiros em 2008. Traduzido em mais de 25 países e adaptado ao cinema em 2010, ultrapassou, só em França, a marca dos 750 000 exemplares, sendo um dos romances mais lidos dos últimos anos. Com Rien ne s’oppose à la nuit, o seu último livro, Delphine de Vigan conquistou o prestigiado Prémio Romance Fnac, em 2011. Nô e Eu é o seu primeiro livro traduzido em Portugal.