Fotografia Vera Marmelo |
Bruno Pernadas lançou recentemente dois discos, já aqui apresentados no blogue, e não podia não o convidar para uma destas Playlists, até porque a curiosidade em saber o que poderá estar a ouvir um músico como ele é imediata. Relembro as informações promocionais dos dois discos e fica então a playlist com as suas escolhas.
Em 2014 Bruno Pernadas surpreendeu tudo e todos com um extraordinário álbum de estreia. O ovni musical “How can we be joyful in a world full of knowledge”, lançado em Abril, garantiu-lhe um lugar em praticamente todas as listas de melhores discos. Cerca de ano e meio depois, Bruno Pernadas lança não um mas dois novos álbuns.
“Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them” vem directamente na sequência do disco anterior. Gravado tal como o primeiro nos Estúdios 15A, com a colaboração de João Correia, Nuno Lucas, Margarida Campelo, Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Diogo Duque, Diana Mortágua, João Capinha e Raimundo Semedo, este novo trabalho vai mais longe que o seu antecessor na exploração dos formatos, dos arranjos, das técnicas de estúdio e das próprias capacidades instrumentais da banda que o acompanha.
Oito temas – e dois poemas – estabelecem as coordenadas para mais uma viagem através do fantástico universo musical de Bruno Pernadas.
“Worst Summer Ever” é toda uma outra história. Reúne oito temas nos quais Bruno Pernadas explora a linguagem do jazz mais clássico. Não chega a ser o outro lado do espelho de Bruno Pernadas, porque muito do seu jazz habita desde logo o seu mundo pop e porque o reverso acaba também por acontecer. Em “Worst Summer Ever” a linguagem jazzística mais do que cânone estético, é tomada sobretudo como ponto de partida. Sendo que no final é a própria música de Bruno Pernadas que se impõe. O disco foi gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho e na Blackbox do CCB recorrendo a formações variáveis, do trio ao sexteto de jazz: Bruno Pernadas (guitarra), Francisco Brito / Pedro Pinto (contrabaixo), Joel Silva / David Pires (bateria), Sérgio Rodrigues (piano), João Mortágua (Saxofone Alto), Desidério Lázaro (Saxofone Tenor).
Tony Williams – Lifetime “there comes a time”
Tema que me acompanhou durante muitos anos em formato cassete, desconhecendo por completo o seu compositor, até recentemente descobrir de que músico se tratava. Foi bastante surpreendente porque só conhecia o Tony Williams enquanto baterista, e foi uma verdadeira descoberta conhecer este seu trabalho mais próximo da música de fusão, em que Tony Williams assina como compositor, percussionista e principal cantor.
Paul Desmond – Glad to be unhappy (álbum)
Dois dos meus músicos preferidos, juntos neste disco de 1965. O carácter melódico deste álbum é altamente profundo, intuitivo e inspirador.
Massive Attack, Ghostpoet – Come near me
É um dos melhores vídeoclips dos últimos tempos. Componente dramática muito forte e um trabalho seriamente bem conseguido a nível musical e cinematográfico.
CTM – Cézanne
Conheci este tema na ZDB, antes do concerto da banda Minta atuar no verão de 2016.
Micachu and the shapes – Oh Baby
Tema de uma simplicidade incrível – nível melódico + concepção sonora em perfeita união
King Gizzard & The Lizard Wizard – Quarters!
Conheci este disco por intermédio de um amigo que me recomendou com a ideia de que iria gostar muito. Tal aconteceu.
Tomemitsu – In Dreams (bedroom version)
High Maintenance brought me here. 🌝