OPINIÃO: https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-carta-roubada-de-edgar-allan-poe.html |
As neuroses e a pobreza de Poe foram grandes desgraças, sem dúvida alguma, mas a vida reservou-lhe uma felicidade sem fim: a invenção e a realização de uma obra esplêndida. Poderia acrescentar-se que a desgraça foi o instrumento necessário dessa obra.
Há cerca de setenta anos, sentado no último degrau de uma escada que já não existe, li “The pit and the pendulum”; já me esqueci das vezes que, depois, o li, reli ou pedi que mo lessem; sei que ainda não cheguei à última vez e que voltarei ainda à prisão quadrangular que se vai comprimindo e ao abismo sem fundo.
Jorge Luis Borges
A minuciosa burocracia, exaltada satiricamente, é o tema essencial da inacabada fantasia de O Crocodilo de Dostoiévski. Prefigurando Kafka, a situação gira sobre si mesma e vai revelando os caracteres. Pode ser considerada arbitrária a vizinhança, neste volume, de Andréev e de Dostoiévski. Deveria no entanto observar-se que os dois coincidem no ímpeto patético e na desconsolada visão de um mundo hostil. O Lázaro de Andréev, depois de passar pela morte, sente que aqui na terra tudo é inconsistente. e no seu olhar atroz parece estar escrito o fim. Nos dois textos precedentes, o elemento fantástico é claro desde o princípio. Em A Morte de Ivan Illitch, de Lev Tolstói, a revelação sobrenatural chega, inevitável e surpreendente, como a última experiência de uma alma.
Jorge Luis Borges
Opinião: https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-shadowfell-de-juliet-marillier.html |
Na terra de Alban, onde o jugo tirânico de Keldec reduziu o mundo a cinzas e terror, a esperança tem um nome que só os mais corajosos se atrevem a murmurar: Shadowfell.
Diz a lenda que aí se refugia uma força rebelde que lutará para libertar o povo das trevas e da opressão.
E é para lá que se dirige Neryn, uma jovem de dezasseis anos que detém um perigoso Dom Iluminado: o poder de comunicar com os Boa Gente e com as criaturas que vivem nas profundezas do Outro Mundo.
Será Neryn forçada a fazer esta perigosa viagem sozinha? Ou deverá antes confiar na ajuda de um misterioso desconhecido cujos verdadeiros desígnios permanecem por esclarecer?
Perseguida por um império decidido a esmagá-la e sem saber em quem pode confiar, Neryn acabará por descobrir que a sua viagem é um teste e que a chave para a salvação do reino de Alban pode estar nas suas próprias mãos.
O Rei dos Diamantes é um policial – e o primeiro livro do neto de J.R.R. Tolkien a ser publicado em Portugal -, mas também é a história de como as pessoas podem ser corrompidas e escravizadas por jóias quando estas são o passaporte da liberdade.
Baseado em factos verídicos, o livro concentra-se no destino dos judeus belgas e retrata a venda de seres humanos num nos períodos da história mais sangrenta: o nazismo.
Antuérpia é famosa por ser o centro do comércio mundial de diamantes. Estes mesmos diamantes que permitiram aos judeus fugir para a Suíça, acabaram por traí-los aos nazis. Tornaram-se assim os diamantes de sangue da Segunda Guerra Mundial.
Um policial sofisticado que vai além da intriga na resolução de um assassínio, e com um suspense que vai crescendo à medida que a intriga se adensa, em que o leitor vai decifrando mistérios e deparar-se com segredos obscuros do passado.
Neste romance, a acção não se limita apenas aos assassínios, o suspense vai crescendo à medida que a intriga se adensa e a sequência narrativa consegue tirar o fôlego ao leitor.
O ritmo intenso e inebriante, as personagens fortes e elaboradas, fazem deste policial uma leitura a devorar.
Mais Aquisições de Novembro:
Aquisições (1): https://branmorrighan.com/2012/11/aquisicoes-de-novembro-1.html
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