Shadowfell
Juliet Marillier
Editora: Grupo Planeta
Sinopse: Na terra de Alban, onde o jugo tirânico de Keldec reduziu o mundo a cinzas e terror, a esperança tem um nome que só os mais corajosos se atrevem a murmurar: Shadowfell.
Diz a lenda que aí se refugia uma força rebelde que lutará para libertar o povo das trevas e da opressão.
E é para lá que se dirige Neryn, uma jovem de dezasseis anos que detém um perigoso Dom Iluminado: o poder de comunicar com os Boa Gente e com as criaturas que vivem nas profundezas do Outro Mundo.
Será Neryn forçada a fazer esta perigosa viagem sozinha? Ou deverá antes confiar na ajuda de um misterioso desconhecido cujos verdadeiros desígnios permanecem por esclarecer?
Perseguida por um império decidido a esmagá-la e sem saber em quem pode confiar, Neryn acabará por descobrir que a sua viagem é um teste e que a chave para a salvação do reino de Alban pode estar nas suas próprias mãos.
Opinião: Após uma longa e ansiada espera, finalmente temos mais uma obra de Juliet Marillier disponível para ser devorada. A minha experiência nas histórias da autora baseia-se principalmente nas viagens por Sevenwaters e sucessivas gerações. Fora desse mundo li apenas Sangue-de-Coração e agora Shadowfell. Não sabia bem o que esperar. Quando temos um autor em tão elevada consideração, tememos que nos possa desiludir. Fiquem descansados, a autora não o fez!
Em Shadowfell, Juliet Marillier apresenta-nos um mundo onde a magia é agora considerada uma abominação. O que antes era uma arte respeitada e de valor tornou-se alvo de perseguição, de tortura e de repúdio. Mas não para toda a gente… Keldec faz-se munir de uma guarda de elite cujos elementos são portadores das magias mais poderosas, utilizando-os como armas contra os mais fracos e contra todos aqueles que possam ter resquícios do Dom.
Aldeias destruídas, povo oprimido e que exala medo por todos os poros, e uma rapariga em fuga – Neryn. Neryn é especial. Sabe que detém o Dom Iluminado, porém essa ideia fá-la tremer com receio que o descubram e decide reprimir toda e qualquer fonte de poder que possa ter dentro de si. Quando se depara com a morte do pai, o último elemento da família ainda com vida, as condições em que tal toma lugar faz com que a sua vida se cruze com a de um estranho, Flint. Não mais os seus destinos se destrançarão.
A demanda de Neryn vai querer muita força interior, vai ser posta à prova repetidamente e haverá uma altura em que ela não saberá quem realmente lhe quer bem ou quem é que é mesmo o inimigo. Neryn e Flint são duas personagens fortes que conquistam desde cedo o leitor. Enquanto Neryn vai descobrindo e desenvolvendo o seu Dom, as suas batalhas e lutas interiores fazem o próprio leitor pensar no que fariam no lugar dela. Quanto a Flint foi, para mim, a minha personagem favorita. A autora capacitou-o de uma personalidade tal que é impossível não nos compadecermos com o fardo que carrega. Também Regan, personagem que conhecemos mais para o fim, nos desperta a curiosidade sobre si e penso que ainda haveremos de saber mais sobre ele.
Os Boa Gente são um grupo de personagens que me faz lembrar o Povo Antigo da trilogia Pilares do Mundo de Anne Bishop. Aliás, uma sensação que me acompanhou sempre um pouco ao longo da leitura desta obra foi essa mesma. Que estava a ler uma nova versão de uma história mais antiga que o Saber, mas que vários autores vão tentando retratá-la.
A escrita de Juliet Marillier sempre foi o seu ponto forte. De alguma maneira ela consegue envolver-nos, aquecer-nos e fazer com que seja impossível largarmos a leitura. Apesar de não ser um O Filho das Sombras (o meu preferido da autora), é um livro que se lê muito bem, com uma história de luta, sofrimento, amor e amizade e que deixa um fim em aberto. Espero que a autora escreva rapidamente a continuação de Shadowfell! Gostei muito.
Se não conheces, aconselho a ler "Danças na Floresta". É uma outra interpretação do conto das "12 princesas bailarinas", na escrita fantástica da Juliet… Além do mais, a capa do livro é absolutamente fantástica 🙂
Também gosto muito dos livros de Juliet Marillier e o Filho das sombras é também o meu preferido. Mas da sequência da trilogia de sevenwaters só li o primeiro e não gostei assim tanto.
Acho que a escritora acaba por se repetir bastante, jogando sempre com a mesma fórmula. É certo que nós, leitores, gostamos dessa fórmula. mas gostava de ver Juliet num outro registo…
Ana, tenho esse livro cá em casa sim :))
Patrícia, O Filho das Sombras é o segundo livro da trilogia de sevenwaters! Como e que só leste o primeiro? :b
Penso que Shadowfell nada tem a ver com sevenwaters. Nem sequer a problemática é a mesma :))
Beijinhos e obrigada pelos comentários!
Acho que me exprimi mal. Li a trilogia de sevenwaters toda e li o primeiro livro da sequela (salvo erro "O herdeiro de Sevenwaters") e parei por aí.
E quando falo da autora jogar sempre com a mesma fórmula é o "boy meets girl, um deles – ou os dois- tem que confiar para além da razão, há uma demanda etc, etc… Eu gosto e acabo por ler os livros da Juliet mas ultimamente acabo-os com uma sensação de vazio.
Eu acabei de ler Shadowfell há uns dias e adorei! É impressionante como Juliet me consegue prender da primeira à ultima página! Estou ansiosa por ler o que irá sair a seguir.
Entretanto, já estou de novo agarrada à trilogia de sevenwaters..O filho das sombras também é sem duvida o meu preferido, adoro o desenrolar da história entre Liadan e Bran (Johnny), o amor que vai crescendo entre eles. É a minha trilogia preferida, já a li umas quantas vezes e nunca me vou cansar de a ler. Simplesmente adoro! 🙂
Concordo com a Patrícia. Juliet é a minha autora favorita e isso não mudou. No entanto, os dois últimos livros que li dela souberam-me a pouco. Quando as expectativas estão tão elevadas, depois de alguns livros simplesmente brilhantes, é difícil cumprir. Mas a verdade é que Shadowfell é um livro, na minha opinião, bastante repetitivo e monótono – muitas vezes custou-me encontrar ali a escrita da Juliet. Talvez o facto de ser um livro para o público mais jovem (young adults) tenha influenciado a escrita, mas as Danças na Floresta também são e nesse livro eu não senti nenhuma simplificação da história, como aqui.
Eu não desgostei do livro, mas não correspondeu àquilo que esperava dele. Houve qualquer coisa que falhou. A personagem principal não me cativou, é um bocado chata, piegas (fora toda a força que demonstra etc, etc, etc.). Às tantas dava por mim e a pensar "Mas a história nunca mais muda?" Parecia que estava a ler sempre a mesma coisa – não ajuda ela passar grande parte do tempo sozinha… E, quando finalmente a história muda e eu penso que finalmente vou começar a gostar, pronto o livro acaba.
Apesar de ter sido o pior livro da Juliet que li até agora, vou comprar e ler o segundo da saga, para ver se melhora 🙂 Didn't love the book, but still love the author 😉
Sabem-me dizer se Shadowfell é uma trilogia ou algo do género? É que fiquei interessada no livro após ler a sinopse e queria saber se é apenas um livro ou não, para jogar um pouco com o orçamento… Obrigada.
Olá Anónimo!
Será, pelo menos, uma trilogia 🙂
Ana ,"Danças na Floresta " é provavelmente o meu livro favorito de todos os tempos . Juliet consegue realmente prender o leitor , fantástico!