Lágrimas do Sol e da Lua (A Saga das Pedras Mágicas #3)
Sandra Carvalho
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea #46
Sinopse: No coração da Floresta Sombria, Aesa, rainha do povo vândalo e mestra da Arte Obscura, engendra um plano para se apoderar das sete pedras mágicas da Feiticeira Aranwen. Entretanto, na Ilha dos Sonhos, Catelyn e Throst, o Guerreiro-Lobo, preparam as suas filhas Edwina, Thora e Freya para assumirem os seus próprios destinos. Edwina, a primogénita, aceita tornar-se Guardiã da Lágrima do Sol e aguarda o chamamento da Pedra do Tempo. Do outro lado do mundo, Sigarr, irmão de Aesa, treina Edwin para tentar concretizar a profecia que dita que o filho varão do Rei da Lua e da Rainha do Sol terá o poder de fundir a Arte Obscura e a Arte Luminosa para atingir o conhecimento absoluto. Alcançará ele o seu propósito ou ainda haverá esperança de libertar a Lágrima da Lua?
Opinião: Nos livros A Última Feiticeira e O Guerreiro-Lobo conhecemos Catelyn, uma filha da Grande Ilha que na sua demanda acaba por encontrar Throst e que, em conjunto, conseguem a paz entre os dois povos. Porém, essa paz não foi conseguida sem que houvessem baixas terríveis devido a forças do mal que se movem nas sombras. Em Lágrimas do Sol e da Lua, continuamos esta história através dos olhos de Edwina, filha de Catelyn e Throst.
Edwina e Edwin, o seu primo que foi raptado pelo maléfico Guardião da Lágrima da Lua, estão intrinsecamente ligados. Foram marcados à nascença e os seus destinos parecem estar inevitavelmente ligados. À medida que Edwina vai evoluindo no seu treino, descobre capacidades das quais não tinha noção, mas também se é obrigada a tomar consciência do perigo real que tem que enfrentar.
A evolução da história dá-se a um bom ritmo. A cada capítulo enfrentamos sempre uma situação nova que pode mudar irremediavelmente a vida dos protagonistas. Em termos de personagens, conhecemos um novo leque da nova geração. Sem dúvida que a minha personagem favorita neste livro foi Thora. De uma personalidade incrível e de um sentido de justiça inabalável, ela sabe o que quer para si e vai fazer tudo para o conquistar.
Em termos de narrativa, esta é um pouco diferente dos volumes anteriores. Enquanto com Catelyn estávamos habituados a alguém apaixonado e determinado, com Edwina enfrentamos um outro tipo de personagem, mais racional, mas ao mesmo tempo mais insegura. Confesso que me custou um pouco adaptar a esta nova visão.
Com muita acção, decisões e dilemas complexos, paixão e sofrimento latentes, Lágrimas do Sol e da Lua deixa-nos em grande expectativa para o próximo volume. A trama está longe de ser clara aos olhos do leitor e certamente a vontade de ler o próximo fica presente. Gostei.