Opinião: ‘Oblívio’ (Crónicas de Allaryia #7) de Filipe Faria

Oblívio (Crónicas de Allaryia #7)

Filipe Faria

Editora: Editorial Presença

Colecção: Via Láctea

Sinopse: Tomados pelo desânimo, os companheiros desta aventura enfrentam agora o seu maior desafio e o Oblívio ameaça a própria existência, da mesma forma que parece ser a sua única salvação. Na mais negra hora de Allaryia, a Sombra ergue-se triunfante, mas nem tudo o que parece é, e ainda falta a´O Flagelo jogar a sua última cartada… Por fim, o tão aguardado sétimo e último volume das Crónicas de Allaryia, o final da épica saga que cativou milhares de leitores e que assinala um marco no fantástico português.

Opinião: Fez mais ou menos dois anos que comecei a ler esta saga. Muito se passou desde então. As personagens passaram por todo o tipo de experiências que se possa imaginar e com elas fomo-nos divertindo, por vezes sofrendo, mas as ligações criadas com certas personagens foram inevitáveis e, agora que acabou, fica aquele sentimento de saudade.

Após sete volumes, o autor ainda me conseguiu surpreender com as suas opções. Confesso que não estava à espera de algumas atitudes/posições de algumas das personagens, mas também não sei bem dizer do que estava à espera. O que é certo é que parece que só neste último volume é que conseguimos ver a verdadeira essência de cada personagem. O que é que realmente os move, não obstante de todas as demandas a que cada um se propôs.

Não vou falar sobre a história pois seria impossível não colocar um spoiler ou outro, tendo em conta tudo o que já se passou. No entanto, é impossível não referir Seltor. Penso que qualquer leitor que chegue a este ponto vai estranhar o que o autor fez com esta personagem que, até então, era vista como algo demoníaco e que era quase sinónimo de destruição. Não é que ainda não o seja, mas o ponto de vista apresentado através de Seltor é no mínimo uma fonte de várias perguntas.

Fazendo um balanço do livro e também um pouco da saga, quero destacar as personagens Quenestil, Babaki, Slayra e Worick, por diversas razões e mais algumas.

Quenestil é o exemplo perfeito do que é viver uma vida com uma certa crença e, de repente, sofrer na pele que para essa Entidade é-lhe tudo indiferente. O nascimento ou a morte, a felicidade ou a autêntica destruição, não passam de desígnios que fogem à compreensão dos seres vivos.

Babaki porque foi uma das personagens que mais marcou estas Crónicas e porque, sem ele, a história da Allaryia não teria tido metade do impacto que teve logo ao início e que prendeu muitos dos leitores.

Slayra é aquela personagem feminina com uma personalidade muito própria, senhora de si e que, independentemente do que acham dela, age de acordo com o que é melhor para si e para os outros, apesar de para estes últimos nem sempre ser evidente.

Worick porque, pedras me partam, fez-me rir a série inteira. Sem dúvida uma personagem extremamente original, pouco irritante (o Taislin conseguia ser mais!) e sempre muito objectivo.

Quanto ao fim das Crónicas em si, bem, é um fim que parece mais um início, para ser sincera. As páginas finais deixam muito em aberto ou pelo menos com o potencial de ainda vir a ser explorado posteriormente. Não sei quais são as intenções do autor, mas quem sabe um dia voltaremos a ter novidades sobre este mundo. Foi uma leitura mais rápida que as anteriores, o autor foi mais moderado nas suas descrições e sem dúvida que o facto de haver constantemente acção, conseguiu com que em certas partes a leitura fosse compulsiva. Gostei.

Opiniões dos outros livros:

A Manopla de Karasthan

Os Filhos do Flagelo

Marés Negras

A Essência da Lâmina

Vagas de Fogo

O Fado da Sombra

Oblívio - www.wook.pt

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12 anos atrás

Olá Sofia.

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Bjocas

  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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