Com o início de uma nova série do autor Filipe Faria, achei que seria giro fazer uma nova entrevista em que o autor nos fala um pouco sobre a mesma. Espero que gostem.
Feira do Livro de Lisboa 2012 |
‘Felizes Viveram Uma Vez’ é a tua nova série na Presença com direito a colecção com o mesmo nome. Explica-nos o seu conceito.
A série trata de um grupo de personagens, constituído por cinco figuras do imaginário popular europeu, e das suas aventuras num mundo em que as estórias dos contos de fadas coexistem num universo partilhado. Estórias essas que, por alguma razão, acabaram da pior forma possível e cujos finais nada felizes cunharam a atmosfera soturna e desesperante desse mundo.
Quantos volumes contas escrever desta colecção?
Ainda é cedo para dizer, mas não sou propriamente conhecido por séries curtas, por isso uma trilogia é que não vai ser.
Há quem associe o teu livro à série televisiva ‘Era Uma Vez/Once Upon a Time’. Já viste a série? Houve algum propósito no timing em que lançaste esta tua obra?
Não acompanho, mas conheço o suficiente para afirmar com segurança que os dois não se sobrepoem. Tenho plena consciência de que o conceito de um mundo em que contos de fadas coexistem não é novo, nem tão pouco o de contos de fadas que acabaram mal. O que eu quis fazer foi um mundo em que os contos acabaram mal, sim, mas por uma razão, e em que quase se derruba a quarta parede devido à noção quase metaliterária que algumas personagens têm daquilo que se está a passar com elas e com o mundo que as rodeia.
(E sim, a decisão de lançar o livro nesta altura foi intencional, com as séries que presentemente temos na televisão e com a batelada de filmes baseados em contos de fadas que aí vêm.)
Qual a tua personagem favorita? Porquê?
Não tenho, mas posso adiantar que me deu um gozo tremendo escrever a Capuchinho no primeiro volume, por ser a única que consegue desanuviar um pouco a atmosfera. De realçar também a sensação de dever patriótico cumprido que senti ao apresentar o Mama-na-Burra a uma nova geração de leitores.
Pelo estilo da capa, há quem possa pensar que desta vez pretendes atingir um público alvo mais novo. Queres esclarecer esse aspecto?
Foi um risco não-tão-calculado. Quis que a nova série se distinguisse das Crónicas também a nível gráfico, e achei que o estilo mais cartoonesco do Pedro Potier se adequava a um mundo populado pelas estórias da nossa infância, embora o livro não seja de todo para crianças. A sério, não o comprem para uma criança, a menos que lhe queiram explicar como se apanha sífilis, ou por que razão dói tanto esfregar sal grosso em carne viva.
Apesar de ter saído apenas a semana passada, já tens algum feedback sobre o Perraultimato?
Ainda não. Não sejam tímidos.
Para quando o próximo volume? Já começaste a escrevê-lo?
Estou quase a começar. Não ponho de parte a possibilidade de poder sair ainda este ano, mas a calendarização dos volumes também vai depender em grande parte da adesão dos leitores.
Mais sobre o autor no blog Morrighan
Entrevistas:
10 Anos Após o Início das ‘Crónicas de Allaryia’
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Olá!
Vim espreitar o teu blog,está muito giro:)
Bjs
http://paginassoltas-cc.blogspot.pt/
Olá!
Também já fui espreitar o teu 🙂 Tens mais uma seguidora!
Beijinhos e obrigada!
Tendo em conta que fizeram uma colecção de propósito nunca poderia ser uma saga pequena…
http://www.goodreads.com/book/show/13633690-o-perraultimato